O Instituto Nacional de Criminalística
( INC
), braço da Polícia Federal,
concluiu a análise do primeiro
pacote de joias sauditas
que vieram junto com a comitiva de
Jair Bolsonaro
(PL)
, em 2021. A apuração durou cerca de um mês e meio. O pacote foi apreendido na Alfândega do Aeroporto de Guarulhos (SP), após a tentativa de entrar no Brasil sem declaração.
O conjunto de joias femininas é formado por colar, anel, relógio e um par de brincos, todos cravejados de diamantes. Inicialmente, os objetos foram avaliados em R$ 16,5 milhões, mas o valor será confirmado após a entrega do laudo produzido pelos peritos. Ele deve completar o inquérito, que segue em sigilo na PF .
Um dos peritos designado para o caso viajou até a Suíça, para poder conversar com os responsáveis pela Chopard, fabricante das joias de luxo, e quem confeccionou as peças. Foi analisado individualmente cada pedra de diamante. Vale ressaltar que apenas o colar possui cerca de 2.000 peças.
A PF mostrou que um relógio da marca suíça pode chegar a R$ 800 mil. O valor de cada peça foi registrado no laudo técnico, mas não foi divulgado.
As joias foram entregues à comitiva brasileira, em viagem à Arábia Saudita, em 2021. Uma equipe do ex-ministro de Minas e Energia foi em visita ao país à época.
O pacote com os itens de luxo foram entregues à PF pela Receita Federal em março deste ano, e transportado até Brasília, local onde dica a sede no INC . Ainda em março, o delegado da PF em São Paulo, Adalto Machado, pediu para que o Tribunal de Contas da União (TCU) periciasse outro pacote que estava no acervo pessoal de Bolsonaro . A perícia ainda não começou.