Casal é agredido por PM
Prefeitura do Rio de Janeiro
Casal é agredido por PM


Francisco Borges e Viviane Magalhães foram agredidos por um policial militar no Hospital Municipal Lourenço Jorge , no Rio de Janeiro. O casal levou o filho para a unidade de saúde, porque suspeitava que o filho tinha quebrado o fêmur após sofrer uma queda de uma escada.

Segundo o pai, ao chegarem no local, o garoto passou por um exame de raio-x. Na sequência, o casal procurou o médico, mas não encontrou, porque todos estavam atendendo pacientes internados. O responsável pelo menino resolveu deixar a radiografia em uma sala com os enfermeiros, só que o documento desapareceu.

“Quando eu estava deixando a sala onde eu estava conversando com os médicos, surgiu um policial militar. Ele apareceu com uma camisa verde e começou a me agredir com o meu filho no colo. Nisso, a minha mulher tirou o meu filho dos meus braços e ele me bateu muito”, disse Francisco nesta sexta-feira (21) para a CNN Brasil.

“Eu estava lá sentado esperando atendimento, aí ele entrelaçou as algemas, colocou minha mão para trás e apertou com bastante força, pressionando meu pulso. Até hoje, eu sinto dor. Minha mão ficou bastante inchada, quando eu saí da delegacia, fui direto para o hospital. Meu filho não precisou fazer a tal cirurgia no dia seguinte quando fez o exame. O outro médico de plantão viu que não precisava. A perna dele foi alinhada, e agora, ele está engessado”, acrescentou.

Ele ainda revelou que a polícia não o deixou fazer boletim de ocorrência no dia em que o exame sumiu, porque teria sido alegado a ele que o inquérito estava em andamento. Francisco contou que o caso só andou porque recebeu a ajuda do advogado da sua patroa.

A 16ª DP da Barra da Tijuca afirmou que o casal foi ouvido e levado para fazer o corpo de delito no Instituto Médico Legal. O policial militar acusado é investigado pela Justiça Militar.

Já a Secretaria Municipal de Saúde, responsável pelo Hospital Municipal Lourenço Jorge, relatou que “a unidade não tem gestão sobre o policial militar, que não atua na unidade e estava de passagem, acompanhando um paciente custodiado, quando se envolveu na situação”.

O órgão ainda declarou que “questionamentos sobre a conduta do agente devem ser encaminhados ao comando da Polícia Militar” e que a direção do hospital “repudia qualquer ato de violência e está à disposição da autoridade policial para auxiliar no que for solicitado na apuração dos fatos”.

Por fim, a unidade negou que “o raio-x tenha sido perdido” e falou que o “paciente tinha indicação de internação para cirurgia ortopédica, diagnóstico não aceito pelos pais, que iniciaram discussão com os profissionais”.


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