Durante a sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados na tarde desta terça-feira (11), o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) fez uma comparação entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com Hitler e Stalin. A sessão contava com a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
Na fala, Bilynskyj afirma que "Mao Tsé-Tung, Hitler, Stalin, Fidel Castro e Lula, todos eles têm algo em comum: a vontade de desarmar o cidadão". A fala introduz uma questão ao ministro acerca do Estado brasileiro ter "capacidade de proteger todos os cidadãos".
No momento da fala, o ministro da Justiça pediu que fosse dado um "desagravo" a Lula, ou seja, que houvesse a reparação da ofensa através de uma retratação do deputado. Segundo Dino, "não é justa a alusão, devido à comparação histórica indevida a certos personagens".
Para Dino, não houve apreensões de armas legais no país, apenas as irregulares. "Elas devem ser apreendidas e continuarão a ser. Não é o governo, é a lei", completou o ministro.
Além de Bilynskyj, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) retomou as discussões durante o tempo disponibilizado para fala. "Quando se quer falar de arma de fogo, tem que ter ciência que mais armas legais contribuem com menos homicídios. É mentiroso o que o deputado falou que temos que ter mais livros. No 8 de janeiro [dia de ataques antidemocráticos], os policiais em vez de armas tivessem livros, os danos seriam muito maiores", diz o filho do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL).
Outros parlamentares que não fazem parte da comissão estiveram presentes na Câmara para representar a oposição ao governo. Dentre eles, destacam-se: Carla Zambelli, Nikolas Ferreira, Carlos Jordy, Bia Kicis, Zé Trovão e Júlia Zanatta. A presença dos parlamentares fez com que os assessores tivessem que ceder os lugares pois não havia lugar para acomodar todos.