Nesta segunda-feira (10), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, fez uma associação entre os ataques vistos em escolas com os participantes dos atos golpistas visto no dia 8 de janeiro. Segundo Dino, o que se vê nos dois casos são "ecos e reverberações” do que chama de uma suposta cultura de violência trazida pelo governo de Jair Bolsonaro (PL).
Dino diz: "tem influência da ideia de violência extremista a qualquer preço, a qualquer custo. O ethos, o paradigma de organização do mundo que golpistas políticos e agressores de crianças, assassinos de crianças têm, é o mesmo, é mesma matriz de pensamento, é a matriz da violência".
Flávio Dino chegou a dizer que os atos extremistas fortaleceram o apoio ao atual governo. Para ele, isso se deu pela maior união entre as instituições. "O extremismo político acabou fazendo com que se ampliasse o apoio ao governo, não só social, mas também institucional".
Para Dino, o momento em que estamos é o de responsabilizar que fomentou e trabalhou como autor em tais crimes. "A questão hoje remanescente é a responsabilização das pessoas que engendraram esse planejamento golpista durante meses", finalizou.
O ministro não fez conexão direta dos ataques nas escolas com o ex-mandatário. Vale ressaltar que Flávio Bolsonaro (PL) e Eduardo Bolsonaro (PL), ambos filho do ex-presidente, chegaram a lamentar a morte das vítimas nos casos, e sugeriram a presença de detectores de matais nas escolas, o que, segundo Eduardo Bolsonaro, evitaria a entrada de armas no colégio.
O atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), lamentou os casos e disse que aquele foi o pior dia da vida dele: "essa figura humana, que não tem nada de humana, deve ter vindo de outro planeta. O planeta do ódio“.
O caso que Lula comentou foi o ocorrido na última quarta-feira (5), ao qual um homem entrou em uma escola em Blumenau (SC) e matou 4 crianças , se entregando à polícia logo depois.