Alckmin e Haddad são homens de confiança do terceiro governo de Lula
Ricardo Stuckert/Divulgação
Alckmin e Haddad são homens de confiança do terceiro governo de Lula

A oposição menos feroz ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já tem um escolhido como o ministro predileto do atual mandato. Fernando Haddad (PT), ministro da Fazenda se tornou o queridinho de diversos parlamentares de direita e de centro-direita por conta da forma como ele trata o Congresso. A tirar bolsonaristas, praticamente todos os deputados federais e senadores vivem uma espécie de lua de mel com ele.

Haddad já havia sido elogiado por conta da forma como tratou o presidente do Banco Central, mesmo após duras críticas de Lula sobre a taxa de juros. Com o BC decidindo manter a taxa inalterada, o ministro não caiu no jogo fácil de criticar um oponente visível do presidente. "Ele se mostrou inteligente ao tentar parecer um cargo técnico e não ficar fazendo política", elogiou um nome do Banco.

Agora, quando iniciou o processo da Reforma Tributária e do novo arcabouço fiscal, a relação de Haddad com o parlamento cresceu. O ministro avisou todos os deputados e senadores que a porta de seu gabinete estaria aberta para atender, tanto situação quanto oposição. "Eu fiz um teste e agendei uma reunião. Ele não só me atendeu como ainda ponderou minhas sugestões e foi muito educado", elogiou um deputado do PL.

Enquanto outros nomes do governo Lula vem criando uma espécie de panela de pressão com o Congresso, como é o caso de Flávio Dino (PSB), um dos queridinhos do presidente neste momento, Haddad vem costurando uma relação sociável e até amigável. "É respeito mútuo. O ministro sabe que precisa do Congresso e a gente sabe que ele é o dono da caneta, então uma relação harmoniosa faz bem", confirmou um senador da oposição.

Nos corredores de Brasília comenta-se que as costuras feitas por Fernando Haddad nos bastidores ao atender todo e qualquer parlamentar que se dispuser a conversar serão responsáveis pela aprovação com folga dos dois projetos. "Haddad é um político de bastidor. Pode até não ser bom de voto, mas sabe articular como poucas vezes eu vi", confessou outro deputado.

Além do Banco Central e do Congresso, Haddad também virou queridinho do mercado financeiro. Basicamente todas as vozes ali consideram que o ministro da Fazenda vem tentando fazer o possível para criar regras claras para a economia brasileira, embora nem sempre amparado pelo presidente Lula.

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