O Sistema Cantareira atingiu nesta terça-feira (21) 80,3% da capacidade operacional, segundo dados da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). A última vez em que o manancial operou com 80% foi em 6 de setembro de 2011.
Os outros reservatórios do estado paulista operam perto ou acima dos 100% da capacidade. Veja:
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Alto Tietê: 73,8%
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Guarapiranga: 86,7%
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Cotia: 100,7%
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Rio Grande: 101,9%
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Rio Claro: 43,0%
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São Lourenço: 98,9%
Nos últimos cinco anos, o Cantareira estava operando abaixo dos 65% no dia 21 de março.
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2022: 45,3%
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2021: 52,5%
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2020: 64,0%
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2019: 54,7%
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2018: 54,1%
O Sistema Cantareira é o reservatório que abastece 46% da população da RMSP (Região Metropolitana de São Paulo). Ele é composto por seis represas, que juntas possuem uma capacidade de armazenamento de quase 1 trilhão de litros de água.
Entre 2014 e 2017, durante a seca na região Sudeste do Brasil, o Cantareira foi um dos mananciais mais afetados. A menor capacidade operacional do sistema ocorreu em 2 de fevereiro de 2025, quando chegou a -24,32%.
O fator responsável pela falta de chuvas na época foi um bloqueio atmosférico causado pela alta subtropical do Atlântico Sul (ASAS), o que impedia a formação de umidade sobre o Sudeste.
As seis represas são:
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Paiva Castro, no rio Juqueri
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Águas Claras, no topo da Serra da Cantareira
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Cachoeira, no rio Cachoeira
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Atibainha, no rio Atibainha
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Jaguari, no rio Jaguari
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Jacareí, no rio Jacareí
Previsão do tempo
Segundo o Climatempo, a primeira semana do outono, iniciado na última segunda-feira (20) será quente e com chuva irregular sobre a capital de São Paulo. As chuvas serão menos frequentes nesses primeiros dias desta estação após um verão com muitos temporais.
A previsão é de clima quente e sem chuva até quarta-feira (22). A partir de quinta-feira (23) até o final de semana, a tendência é de pancadas de chuva, especialmente entre o meio das tardes e começos de noite, que podem vir acompanhadas por raios e eventuais rajadas de vento.
"O Sistema Cantareira se encontra numa situação bastante confortável por conta das chuvas frequentes da primavera e verão dos últimos anos, mas, como as chuvas vão diminuir, esse índice de 80,3% deve declinar nos próximos meses, já que o consumo se mantém, mas a frequência da chuva diminui. Abril ainda teremos precipitação dentro da média, mas os meses de maio e junho já tendem a ser mais secos na região", explica a meteorologista Carine Gama ao iG .
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