O Sistema Cantareira apresentou um volume de 250,1 mm ate o dia 22 do mês de fevereiro. Este é o terceiro maior valor desde 2010, segundo dados da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo). O manancial opera nesta quarta-feira (22) com 66,8% da capacidade.
O maior volume até hoje ocorreu em fevereiro de 2020, quando chegou a 329,6 mm. Em seguida, o segundo mês do ano de 2015 alcançou 322,4 mm. No ano de 2010, o volume estava em 163,6 mm.
2020
O manancial operava com 59,5% da capacidade, estava com 329,6 mm e marcando média histórica de 200,0 mm.
2015
O Cantareira operava com -17,5% da capacidade, estava com 322,4 mm e marcou média histórica de 200,4 mm. Naquele ano, o manancial utilizou do volume morto (reserva técnica formada pela água abaixo das comportas) para abastecer a população.
2010
O reservatório operava com 94% da capacidade, estava com 163,6 mm e marcou média histórica de 210,0 mm.
Veja o volume dos últimos 13 anos:
O Cantareira
O Sistema Cantareira é o reservatório que abastece 46% da população da RMSP (Região Metropolitana de São Paulo). Ele é composto por seis represas, que juntas possuem uma capacidade de armazenamento de quase 1 trilhão de litros de água.
Entre 2014 e 2017, durante a seca na região Sudeste do Brasil, o Cantareira foi um dos mananciais mais afetados. O fator responsável pela falta de chuvas na época foi um bloqueio atmosférico causado pela alta subtropical do Atlântico Sul (ASAS), o que impedia a formação de umidade sobre o Sudeste.
Previsão do tempo para a região do manancial
Segundo o Climatempo, a previsão até o fim de fevereiro é de calor e pancadas de chuva nas regiões onde estão as represas que abastecem o Cantareira.
As seis represas são:
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Paiva Castro, no rio Juqueri
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Águas Claras, no topo da Serra da Cantareira
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Cachoeira, no rio Cachoeira
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Atibainha, no rio Atibainha
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Jaguari, no rio Jaguari
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Jacareí, no rio Jacareí
Em todas as represas a expectativa é da mínima chegar a 18ºC e a máxima 33ºC até o dia 28. Todos os dias com fortes chuvas no período da tarde.
"A previsão é de que ainda chova nas áreas de captação do Sistema Cantareira até o fim do mês de fevereiro, podendo se prolongar até meados de março. A segunda metade de março é que deve ser mais seca, primeiro, pela sazonalidade, já que começamos a observar padrões de outono, segundo pela neutralidade climática", explicou ao iG a meteorologista Maria Sassaki, do Climatempo.
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