Total de agentes da Força Nacional e Polícia Federal chega a 600 no Rio Grande do Norte
Reuters
Total de agentes da Força Nacional e Polícia Federal chega a 600 no Rio Grande do Norte

O ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou neste sábado (18) o envio de mais cem agentes da Força Nacional para o Rio Grande do Norte, após os ataques em Natal durante a madrugada. Com a decisão, o total de agentes federais no estado chegou a 600.

A decisão acontece após uma nova onda de ataques em Natal (RN) nesta madrugada. Criminosos armados atearam fogo em três casas no bairro de Igapó, na Zona Norte da capital.

De acordo com o jornal local Tribuna do Norte, os moradores foram expulsos das casas pelos criminosos antes do fogo ser ateado. Os bombeiros foram acionados e conseguiram controlar as chamas, e um boletim de ocorrência foi registrado na Polícia Civil.

“Estamos com mais de 500 integrantes da Força Nacional e de forças federais atuando no Rio Grande do Norte, em auxílio ao governo do Estado. Determinei agora a destinação de mais 100 policiais”, disse Flávio Dino.

Para tentar reduzir as ordens de ataques, o governo do Rio Grande do Norte transferiu nove presos suspeitos de comandar os atos criminosos para presídios federais. Eles são acusados de comandar crimes como homicídios e tráfico de drogas, além de planos de fugas e ataques a patrimônios públicos e privados.

A polícia civil do RN também apontou que comandos seriam dados de presídios localizados em outros estados do Nordeste, como a Paraíba e Bahia. O sistema federal irá isolar os presos em celas individuais com visitas monitoradas e apenas por parlatório.

Entenda o caso

Desde terça-feira (14), o Rio Grande do Norte vive com ataques de criminosos em mais de 45 cidades. Carros e casas foram incendiados, e os criminosos provocaram princípios de rebelião em presídios.

Até o momento, 103 pessoas foram presas e 29 armas de fogo, 87 artefatos explosivos e 23 galões de gasolina foram apreendidos desde a terça (14). Pelo menos três tiroteios entre policiais e criminosos foram registrados na noite de sexta-feira (17) em diferentes bairros de Natal.

Uma força-tarefa conjunta entre o Ministério da Justiça e o governo do estado descobriu que duas organizações criminosas rivais se aliaram para praticar ataques no Rio Grande do Norte. As facções fizeram uma trégua temporária para causar terror e cometer crimes na região.

Segundo governo federal, os ataques estão sendo realizados por duas facções que se uniram porque não aceitaram a transferência de chefes do Sindicato do Crime - principal organização criminosa do Rio Grande do Norte - para fora do estado, em janeiro deste ano. O governo já se preparava para uma possível retaliação.

O Primeiro Comando da Capital (PCC) tem brigado com o Sindicato do Crime para comandar as rotas internacionais de cocaína para a Europa a partir do estado nordestino. A organização, que surgiu em presídios de São Paulo, encontrou uma oportunidade de reivindicar melhorias nas condições dos presídios.

Familiares se reuniram e fecharam rodovias como forma de protesto para que as demandas do PCC fossem atendidas. A governadora Fátima Bezerra relatou que iria pedir uma investigação para saber se os presos estavam recebendo comida estragada e sofrendo torturas.

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