Após os atos de manifestantes extremistas no Distrito Federal no último domingo (08), ao menos quatro Estados do país trabalharam para criar gabinetes de crise, cujo trabalho será ficar alerta acerca de possíveis atos golpistas, e se prepararem para eventuais riscos e distúrbios. Dentre os Estados estão: São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
Os grupos de bolsonaristas extremistas que pedem por uma intervenção militar e a retirada de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) da presidência, anunciaram que novas manifestações acontecerão nesta quarta-feira (11), em diversas capitais brasileiras.
A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que "os setores que têm responsabilidade de empreender esforços de controle de distúrbios já estão empenhados desde o dia 8 de janeiro e assim continuam". São esperados que manifestantes protestem na Avenida Paulista nesta quarta-feira, mas nem a Secretaria de Segurança Pública, nem a Prefeitura divulgaram se houve um pedido para a interdição das vias para automóveis.
As conversas acerca da criação do gabinete em São Paulo aconteceram desde domingo, ao qual o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL), afirmou que se reuniu com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e com o comando da polícia e do Delegado-Geral da Polícia Civil, Artur José Dian. Com isso, a segurança no policiamento nas sedes dos Poderes foram reforçadas.
Já no Rio Grande do Sul, o governado Eduardo Leite (PSDB) convocou uma reunião na terça-feira (10), ao qual reuniu autoridades das forças de segurança e órgão de controle estadual e federal.
Em Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), governador do Estado, criou o gabinete de crise, que conta com a presença do comandante-geral da Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC), coronel Aurélio José Pelozato da Rosa. Houve a determinação que seja instaurado a "preservação da ordem pública", seguindo o cumprimento da justiça federal.
O mesmo ocorreu no Paraná na última segunda-feira (09), após a região metropolitana de Curitiba ter sofrido ataque de vandalismo no domingo.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que as autoridades devem promover medidas que impeçam tentativas de ocupação de estradas e invasão de prédios públicos, prendendo em flagrante pessoas que tentarem.