Um grupo de 25 indígenas, apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL), furaram o bloqueio de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para protestarem contra a prisão de um líder indígena determinada pelo ministro Alexandre de Moraes no começo do mês. Os manifestantes estão embaixo da marquise externa do edifício, local onde o acesso é proibido.
Os indígenas pedem a revogação da prisão do pastor José Acácio Serere Xavente, preso em 12 de dezembro por suspeita de participar de atos antidemocráticos. Cacique Serere, como é conhecido, teria inflamado apoiadores do presidente Jair Bolsonaro a irem “expressamente armados” para impedir a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Neste momento, agentes de segurança da Suprema Corte conversam e tentam convencer os manifestantes a se dispersarem. A Polícia Militar e a Polícia Federal também foram acionadas para colaborar nas negociações. A PF deve ser responsável pela investigação do caso.
Depredação da sede da PF
A prisão do Cacique Xavante, no último dia 12, provocou uma série de reações bolsonaristas. No mesmo dia, um grupo apoiador de Bolsonaro tentou invadir a sede da Polícia Federal, em Brasília (DF).
Os manifestantes jogaram pedras na corporação, além de depredarem o prédio da instituição. O grupo ainda usou bombas caseiras para colocar fogo em um ônibus e em diversos carros.
O futuro ministro da Justiça, Flávio Dino, cobrou uma ação incisiva da PF na investigação, disse que a ação é inaceitável e chamou o caso de “arruaça política”. Até o momento, nenhum dos manifestantes foram presos.