Genivaldo de Jesus Santos
Montagem iG - 26.05.2022
Genivaldo de Jesus Santos

Ministério Público Federal (MPF) apresentou um pedido à Justiça para que os três policiais rodoviários federais envolvidos na abordagem  que matou Genivaldo de Jesus Santos asfixiado em uma espécie de câmara de gás improvisada  sejam submetidos a júri popular .

O MPF afirma que os agentes cometeram crime doloso contra a vida de Genivaldo , ou seja, quando há intenção de matar. Nesse caso, a Constituição prevê a submissão do processo ao tribunal do júri, isto é, populares são convocados para participarem do julgamento.

As últimas alegações foram ajuizadas nessa segunda-feira (12).

Caso o pedido do MPF seja acatado pela Justiça , um juiz de primeiro grau segue na próxima fase do julgamento do caso.

Na primeira fase do processo ocorreram cinco audiências, em que 19 testemunhas de acusação e 12 de defesa foram ouvidas. Os  policiais envolvidos na morte de Genivaldo foram interrogados no último dia 6 de dezembro.

Relembre o caso

A abordagem dos policiais em Umbaúba, em  Sergipe , em 25 de maio deste ano, foi registrada em vídeo por testemunhas. Nas imagens compartilhadas nas redes sociais, os agentes imobilizam Genivaldo, de 38 anos. Ele é algemado no chão e depois colocado dentro do porta-malas da viatura .

É possível ver uma grande quantidade de fumaça e o homem debatendo as pernas, que ficaram para o lado de fora do veículo.

Ele morreu antes de chegar ao hospital e deixou mulher e um filho e oito anos. Familiares do homem descreveram que ele atendeu aos pedidos dos policiais. Em dado momento, ele levantou a camisa e falou que levava remédios no bolso, para indicar que tinha problemas mentais.

O laudo divulgado pelo Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe apontou "insuficiência aguda secundária a asfixia" como causa da morte de Genivaldo.

Em setembro, a  Polícia Federal indiciou os três policiais que participaram da morte  e, em outubro, os agentes foram presos .

Kleber Nascimento Freitas, Paulo Rodolpho Lima Nascimento e William de Barros Noia estão detidos no Presídio Militar de Sergipe, localizado em Aracaju. Eles se apresentaram voluntariamente na sede da PF.

Na ocasião, a Justiça Federal do estado acatou a denúncia do MPF, que enquadrou os oficiais nos crimes de abuso de autoridade, tortura e homicídio qualificado.

A Justiça decretou a prisão preventiva dos policiais e eles passaram pelo exame de corpo de delito no IML e realizaram a audiência de custódia. Os homens foram encaminhados ao presídio após esses processos.

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