Faraó dos bitcoins é acuado pelo MP de contratar pistoleiros para eliminar concorrentes
Reprodução / TV Globo - 11.12.2022
Faraó dos bitcoins é acuado pelo MP de contratar pistoleiros para eliminar concorrentes

Um empresário do mercado de criptomoedas escapou de um atentado que  Glaidson Acácio dos Santos , conhecido como o " faraó dos bitcoins ", teria encomendado. Preso em agosto de 2021, em nova denúncia,  Glaidson foi acusado pelo Ministério Público de comandar um grupo criminoso que perseguia e assassinava concorrentes .

Em áudio obtido pela polícia, conforme os promotores,  Glaidson cobra um dos sócios pela demora na execução de uma vítima. "Quinta-feira. Aí passou sábado, domingo, segunda, terça, quarta, acabou o dia, amanhã é quinta-feira", disse ele.

Na mensagem, o "faraó" enviou uma foto do alvo, o empresário João Vitor Rocha, e escreveu: "Tem como fazer?".

Uma semana após o "pedido", nada aconteceu e  Glaidson voltou a insistir: "Meu sócio, acaba com isso aí, por questão de honra. Zera este documento, ok?"

Em resposta, um dos gerentes do grupo criminoso, Daniel Aleixo, afirmou que o "serviço" custaria R$ 200 mil.

O atentado contra João Vitor ocorreu no dia 10 de junho. O carro que ele usava no momento da tentativa de assassinato, porém, era blindado e ele conseguiu escapar.

Vítima assassinada

Imagens obtidas pelo programa  Fantástico , da TV Globo , mostram a rotina do empresário Wesley Pessano , que foram encontradas nos celulares de integrantes da quadrilha presos junto com Glaidson.

Em mensagem a Aleixo, Glaidson relata que Pessano seria uma "ameaça" aos seus negócios. "Tem um trade, aqui de Cabo frio, sr. Pessano, que está tentando meus investidores. Não posso deixar isso acontecer", afirma.

Wesley Pessano no carro onde foi morto a tiros
Reprodução/Instagram
Wesley Pessano no carro onde foi morto a tiros

O empresário e influenciador, de 19 anos, foi assassinado a tiros em agosto de 2021, dentro de seu carro Porsche, em São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos (RJ) .

Em dezembro de 2021, Glaidson se tornou réu pelo homicídio de Pessano .

Segundo o Ministério Público, logo após a morte de Pessano , houve registro de movimentação de grande quantia de dinheiro, que seria para o pagamento do assassinato do empresário .

"No dia seguinte, por exemplo, do homicídio do Pessano, houve uma movimentação de R$ 1 milhão em um pagamento para esse homicídio, através dessas pessoas jurídicas que tinham laranjas com os seus representantes", afirmou Bruno Gangôni, coordenador do Gaeco – MP/RJ, à emissora.

Glaidson Acácio dos Santos foi preso em agosto do ano passado sob acusação de comandar um esquema bilionário de pirâmide financeira e lesionar milhares de investidores em moedas virtuais.

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