Romero Jucá se encontrou com Jair Bolsonaro para discutir o apoio do MDB à reforma da Previdência
Valter Campanato/ABr
Romero Jucá se encontrou com Jair Bolsonaro para discutir o apoio do MDB à reforma da Previdência

O ex-senador Romero Jucá (MDB- RR) foi alvo, nesta quarta-feira (23), de uma operação da Polícia Federal (PF) e da Controladoria Geral da União (CGU) que investiga um suposto esquema de desvios em convênios da União com municípios de Roraima.  Nesta manhã, estão sendo cumpridos 22 mandados de busca e apreensão.

Segundo a PF, foram identificadas irregularidades em contratos que somam R$ 500 milhões. As fraudes teriam sido praticadas em convênios fechados entre 2012 e 2017, época em que Jucá era líder do governo.

Segundo a PF, o suposto esquema destinava emendas parlamentares a municípios de Roraima. As prefeituras desses locais contratavam empresas ligadas ao ex-parlamentar para executar as obras. Essas firmas pagariam suborno ao ex-congressista em troca dos contratos fechados.

As investigações mostram ainda que foram desembolsados R$ 15 milhões em propinas a Jucá e outros funcionários públicos.

A PF diz que Jucá “interferiria em assuntos relacionados a convênios nos quais houvesse a aplicação de verbas federais viabilizadas por ele, havendo evidências, inclusive, do ‘travamento’ de pagamentos de verbas oriundas de emendas parlamentares de sua autoria caso não houvesse o pagamento de propinas”.

Os principais crimes investigados apurados são os de fraude em licitação, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Romero Jucá disputou uma vaga no Senado por Roraima nas eleições deste ano, mas não conseguiu se eleger.

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