A Polícia Federal foi à Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, cumprir mandado de prisão conta o sargento reformado da Polícia Militar, Ronnie Lessa .
Réu no homicídio contra Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes, que já estava na unidade de segurança máxima, agora responde por contrabando internacional de componentes de armas de fogo, principalmente fuzis.
Ele é acusado de ter enviado pelo menos 10 remessas contendo diversas peças de arma de fogo da Flórida, nos Estados Unidos, para o Rio de Janeiro.
A filha dele, Mohana Lessa, foi indiciada pelo mesmo crime, suspeita de mandar o material para ele quando vivia no continente americano.
Segundo a Polícia Federal, as peças eram usadas para montagem de armas e posterior abastecimento da criminalidade do Rio, em especial de integrantes de grupo de extermínio.
A investigação aponta que as referidas remessas foram realizadas em um período de 20 meses, entre 2017 e 2018, sendo que, pelo menos três delas contaram com o auxílio da filha do sargento reformado. Além dos EUA, a investigação demonstrou que o denunciado importava ilegalmente peças da Nova Zelândia e da Ásia.
Nas mensagens extraídas dos celulares de Lessa, os investigadores encontraram os pedidos diretamente para a filha. Ele explica, de maneira metódica, como separar o material que ele comprava pela internet de casa, na Barra da Tijuca, no Rio, e mandava entregar na casa dela, nos Estados Unidos.
A jovem, que contava na época com 22 anos, trabalhava como treinadora de futebol em Atlanta, onde morava. Segundo a polícia, o PM instruía a jovem a colocar as peças de arma de fogo em embalagens menores, retirando-as dos pacotes originais, para não chamar atenção quando passassem pelo setor alfandegário.
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