O médico anestesista Giovanni Quintella foi preso em flagrante nesta segunda-feira (11)
Reprodução/TV Globo - 12.07.2022
O médico anestesista Giovanni Quintella foi preso em flagrante nesta segunda-feira (11)

O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) aprovou durante plenária, nesta terça-feira (12), a suspensão provisória do médico Giovanni Quintella Bezerra . De acordo com o Cremerj, a suspensão ocorreu após o órgão ter acesso "às imagens gravíssimas" de estupro de uma paciente. O  médico anestesista foi preso em flagrante, nesta segunda-feira (11), por estuprar uma grávida durante um parto cesariana no Hospital da Mulher em Vilar dos Teles, em São João Meriti, município na Baixada Fluminense.

Com a decisão do Cremerj, o anestesista fica impedido de exercer a medicina em todo o país. "A medida é um recurso para proteger a população e garantir a boa prática médica", informou o Cremerj por nota.

Ainda conforme o conselho, também está sendo instaurado no Cremerj um processo ético-profissional, onde sanção máxima é a cassação definitiva do registro.

"Firmamos um compromisso com a sociedade de celeridade no que fosse possível e essa suspensão provisória é uma resposta. A situação é estarrecedora. Em mais de 40 anos de profissão, não vi nada parecido. E o nosso comprometimento não acaba aqui. Temos outras etapas pela frente e também vamos agir com a celeridade que o caso exige", afirma o presidente do Cremerj, Clovis Munhoz.

Relembre o caso

A prisão do médico ocorreu após enfermeiras e técnicas de enfermagem da unidade gravarem um vídeo dele colocando o pênis na boca da paciente, que estava anestesiada durante a realização do parto.

No registro, a gestante estava deitada na maca, inconsciente, onde do lado esquerdo do lençol, a equipe médica iniciava a cirurgia, enquanto do outro lado Giovanni abria o zíper da calça, puxava o pênis para fora e o introduzia na boca da vítima.

Ao terminar o ato de violência o anestesista pegou um lençol e limpou a boca da gestante. A ação durou cerca de 10 minutos. O vídeo serviu como prova e foi encaminhado à Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de São João de Meriti.

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