Em conversa com apoiadores na manhã desta quinta-feira (23), o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que quem apoia o procedimento de aborto para a menina de 11 anos, que engravidou após ser vítima de um estupro, quer impor uma ditadura no Brasil. O direito à interrupção da gestação da criança foi negado por uma juíza de Santa Catarina.
"Quem quer impor uma ditadura no Brasil não sou eu. É quem não quer a liberdade de expressão, é quem vai controlar a mídia, é quem diz que vai valorizar o MST, é quem diz que esse caso da menina grávida de sete meses tem que abortar", disse o mandatário.
'Ameaça comunista'
O presidente voltou a falar sobre a 'ameaça comunista' sobre o Brasil. "Se não sou eu, tinha acabado o Brasil. Vocês já estavam no comunismo" , afirmou Bolsonaro. "Se não é o impeachman que aconteceu, mais dois anos de Dilma, o Brasil não tinha mais retorno."
Comentários sobre Dom e Bruno
O chefe do Executivo ainda falou sobre o caso do assassinato de Dom Phillips e Bruno Araújo Pereira, na Amazônia. "Igual o Lula estava esbravejando sobre os dois que desapareceram lá na Amazônia e depois acharam os corpos. Lamentamos o ocorrido. Mas também estavam uma área, pô, que não tem segurança", disse. "Eu, se subir o morro, uma comunidade do Rio de Janeiro com esse olho azul e essa cara à noite, vou pro micro-ondas ou não vou?"
O indigenista Bruno Pereira Araújo e o jornalista britânico Dom Phillips foram assassinados na Amazônia, enquanto faziam uma viagem pelo Vale do Javari. Ambos estavam desaparecidos há mais de uma semana quando seus pertences e materiais biológicos foram recolhidos pelas equipes de busca nas águas do rio Madeira. Os restos mortais dos dois serão entregues ainda nesta semana para as famílias.
Confira o vídeo com todas as declarações do presidente:
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