46% acreditam que as ONGS assumem trabalhos que deveriam ser de responsabilidade do governo
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46% acreditam que as ONGS assumem trabalhos que deveriam ser de responsabilidade do governo

Mais da metade da população avalia positivamente a atuação das instituições do terceiro setor — as ONGs, ou organizações não governamentais. É o que aponta a pesquisa "Percepção de brasileiros(as) sobre a sociedade civil". O estudo foi encomendado pelo GIFE (Grupo de Institutos, Fundações e Empresas), que trabalha em prol do fortalecimento da filantropia e do investimento social privado no país. 

Segundo o estudo, 21% atribuem a percepção ao fato de "conhecerem bem" o trabalho feito pelas entidades; 19% por verem depoimentos de pessoas que foram apoiadas por elas; e 16% por confiarem na integridade de quem faz parte de uma organização ou sociedade civil. O levantamento mostrou ainda que chega a 46% a proporção de entrevistados que consideram que as organizações do terceiro setor assumem trabalhos que deveriam ser de responsabilidade do governo. Por outro lado, a grande maioria desconhece as especificidades do terceiro setor, tais como as fontes de recurso das organizações e a relação delas com o Estado.

"Os resultados sinalizam o reconhecimento da prática do terceiro setor, mas também fica evidente que é necessário aperfeiçoar a forma como esse setor se comunica com a população", afirma o secretário-geral do GIFE, Cássio França.

"Relações ainda mais transparentes explicitando as fontes de recursos e as responsabilidades nas parcerias com o setor público são temas que devem permanecer na agenda do terceiro setor", completa.

A pesquisa revelou também que há uma forte associação do nível de escolaridade e da renda com o "interesse" para iniciativas no campo social. A curiosidade pela temática é mais alta entre pessoas mais escolarizadas, com mais idade e maior nível de renda, e residentes das regiões Sul e Sudeste.

Na outra ponta, o público mais vulnerável, com baixa escolaridade e baixa renda familiar, especialmente jovens e mulheres, mostra níveis de desconhecimento maiores sobre o assunto, ainda que na maioria dos casos sejam estes os principais públicos para os quais essas organizações trabalham. Entre as áreas apontadas como prioritárias para atuação do terceiro setor, estão "combate à fome", "saúde" e "educação".

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