O ex-presidente e pré-candidato à Presidência da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira que, se eleito em outubro, vai "mudar" o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para passar a priorizar o financiamento de pequenas e médias empresas em detrimento das grandes.
A declaração foi feita durante entrevista à rádio "Vitoriosa", de Uberlândia (MG), cidade para a qual ele deve viajar na próxima semana para o lançamento da pré-candidatura do prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, ao governo do estado. Lula teve de adiar a viagem na semana passada após ser diagnosticado com covid-19 — ele declarou nesta manhã estar livre da doença e agora apto a viajar.
Lula defendeu maior gasto estatal para criação de empregos e geração de riqueza. Para ele, o BNDES precisa voltar a ser um "banco de desenvolvimento de verdade", e o governo federal precisa incentivar a construção de cooperativas "para gerar emprego em pequenas comunidades e vilas".
"Vamos mudar um pouco o BNDES. Em vez de emprestar dinheiro para grandes projetos, para empresa grande, nós vamos ter que emprestar dinheiro para pequenas e médias empresas. Vamos ter que valorizar muito o pequeno empreendedorismo", declarou Lula.
O petista também comentou uma notícia veiculada pela Bloomberg americana, segundo a qual o presidente Jair Bolsonaro (PL), durante visita a Los Angeles para a Cúpula das Américas, pediu ajuda do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para enfrentar Lula na corrida eleitoral.
No encontro, que foi feito às vésperas do evento internacional, o presidente brasileiro teria retratado o petista como perigoso para os interesses dos Estados Unidos. Após o pedido ser feito, Biden mudou de assunto, segundo fontes com conhecimento da conversa.
"Ele (Bolsonaro) foi pedir para o Biden ajudar ele a não me deixar ganhar as eleições. Será que é verdade? Por Deus do céu, eu não acredito que seja verdade, porque seria se humilhar demais", comentou Lula durante a entrevista.
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