A Corregedoria da Polícia Civil do Rio instaurou um processo administrativo disciplinar contra quatro suspeitos de envolvimento com a contravenção: delegada Adriana Cardoso Belém, presa com quase R$ 1,8 milhão; seu antigo chefe de investigação, inspetor Jorge Luiz Camillo Alves; o também delegado Marcos Cipriano e o inspetor Vinicius de Lima Gomez. A abertura do procedimento , que pode culminar com a expulsão dos quatro agentes públicos, foi publicada nesta segunda-feira no Diário Oficial do estado do Rio.
Os quatro são acusados de envolvimento com a quadrilha do bicheiro Rogério Andrade, que está foragido, e do PM reformado Ronnie Lessa. Adriana e Marcos Cipriano foram presos na Operação Calígula, em maio deste ano. Já Vinicius e Camilo não tiveram prisão decretada pela Justiça. O ex-chefe de investigação de Belém está em prisão domiciliar desde setembro do ano passado por causa de outro processo, no qual é acusado de envolvimento com a milícia de Rio das Pedras. Já Vinicius é monitorado por tornozeleira eletrônica.
Segundo as investigações, Adriana Belém, então delegada titular da 16ª DP (Barra da Tijuca), e Camilo teriam se encontrado com Ronnie Lessa a pedido do também delegado Marcos Cipriano, para viabilizar a retirada em caminhões de quase 80 máquinas caça-níquel apreendidas em casa de apostas da organização criminosa, tendo o pagamento da propina sido providenciado por Rogério de Andrade. Já Vinícius é apontado como responsável por receber propina da quadrilha, atuando para a alta cúpula da Polícia Civil.
O processo administrativo disciplinar pode resultar em diferentes sanções aos servidores públicos. A mais grave delas é a demissão. O procedimento foi aberto pelo corregedor, delegado Paulo Passos.
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