A Hutukara Associação Yanomami reiterou nesta sexta-feira que a comunidade de Aracaçá, em Roraima , vive um cenário de violência sexual em série, iniciado em 2017. A denúncia, segundo a entidade, se baseia em reiterados depoimentos colhidos no local.
O pronunciamento, por meio de nota, ocorre após a Polícia Federal afirmar em coletiva que não encontrou indícios de crimes relatados contra os yanomami, entre eles o de que uma menina teria sido estuprada e morta por garimpeiros, além de uma uma criança que teria sido jogada em um rio da região.
A associação narra casos de relações sexuais forçadas e de meninas obrigadas por garimpeiros a se prostituir. Os episódios, segundo a entidade, resultaram em situações de gravidez indesejada e mortes na comunidade. Os relatos orais foram cruzados com dados oficiais do distrito de saúde, informou a Hutukara.
"As denúncias sobre Aracaçá só podem ser compreendidas dentro desse cenário no qual metade das aldeias da Terra Indígena Yanomami está sujeita ao assédio dos invasores", diz a nota.