Wallace Palhares, presidente da Liga-RJ, entidade responsável por organizar os desfiles da Série Ouro — espécie de segunda divisão do carnaval carioca —, afirmou, na noite desta quinta-feira, que o órgão "não tem que dar suporte" para a família de Raquel Antunes da Silva, de 11 anos. A menina sofreu um grave acidente na primeira noite de desfiles, ficando presa entre um carro alegórico e um poste, e precisou amputar a perna direita . Ela segue internada em estado gravíssimo no Hospital municipal Souza Aguiar.
“A Liga não tem que dar suporte à família porque ali é uma área fora do Sambódromo. O que acontece ali é cultural e precisa de polícia. O que ocorreu foi uma fatalidade, o que tem de ter é segurança. O carro já estava sendo rebocado quando tudo aconteceu”, disse Palhares
“Ali, eles entram para roubar tudo. Fui presidente da Acadêmicos do Sossego, e a gente tinha de catar tudo para não roubarem. Ontem (quarta-feira), a Cubango perdeu toda a iluminação. É um prejuízo de R$ 20 mil.”
O dirigente também contestou, pouco antes do início do segundo dia de desfiles, a informação fornecidada pelo Corpo de Bombeiros, que divulgou que nenhum dos carros alegóricos das que passaram pela Avenida na primeira noite tinha autorização para atravessar a Sapucaí. Ainda segundo a corporação, das oito escolas que desfilarão nesta quinta, somente quatro teriam solicitado a vistoria necessária.
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“Todas as escolas têm autorização da Diretoria Geral de Serviços Técnicos (DGST) dos bombeiros. Sem isso, elas não saem nem do barracão”, assegurou Palhares.
O Corpo de Bombeiros chegou a informar que tentou notificar a Liga por três vezes para alertar sobre a situação irregular, mas não obteve sucesso. A última tentativa, ainda segundo o órgão, aconteceu horas antes de os desfiles começarem, na noite de quarta-feira.
Uma das escolas sem a vistoria, ainda conforme o divulgado pelos bombeiros, era justamente a Em cima da hora. Foi um carro da agremiação que, na dispersão, acabou atingindo a menina em cheio.
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