Sandro Acácio Fraga Gramacho, advogado de Gabriel Monteiro
Reprodução / TV Globo
Sandro Acácio Fraga Gramacho, advogado de Gabriel Monteiro

advogado Sandro Acácio Fraga Gramacho de Figueiredo anunciou em entrevista veiculada numa rede social que está deixando de atuar na defesa do vereador do Rio, youtuber e ex-PM Gabriel Monteiro (PL), a pedido do próprio cliente. O advogado afirmou, no entanto, que continuará como assessor parlamentar do político.

"Por opção dele (Gabriel Monteiro), para que ele pudesse me preservar eu não mais atuarei nos processos criminais dele. Atuarei somente como assessor parlamentar dele e auxiliando, obviamente, porque eu conheço todo o processo, todo o inquérito que ele responde, porque essa é a minha área", disse o advogado.

Sandro Figueiredo contou como foi a conversa com o cliente, que culminou com o seu afastamento da defesa dele:

"O Gabriel Monteiro teve o cuidado e a ombridade para a minha pessoa. Ele conversou comigo e falou o seguinte: 'Doutor Sandro, para me atingir, a imprensa está te atacando e falando coisas do seu passado que eu sempre tive conhecimento. Então, meu amigo, para você não ser exposto e não fique à mercê de uma imprensa que traz um lado negativo que você foi julgado e absolvido em 2005, é melhor você sair'", relatou o advogado.

Assim como seu cliente, Sandro Acácio Figueiredo também já pertenceu às fileiras da Polícia Militar. No entanto, foi expulso da corporação, em dezembro de 2006, acusado de ameaçar moradores da Taquara , na Zona Oeste do Rio, que não pagassem entre R$ 15 e R$ 30 pela "realização de serviço consignado como segurança". Na época, ele era soldado e estava lotado no 22º BPM (Maré). O advogado afirma que foi vítima de um esquema e que foi absolvido no processo criminal, que está em segredo de Justiça.

Figueiredo faz questão de esclarecer que não está abandonando o cliente, mas se afastando da defesa a pedido dele e que continua como seu assessor parlamentar. Sobre denúncias de outros processos, como supostas investigações por estelionato e agressões , o advogado se defendeu:

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"Saiu na imprensa que estou sendo investigado por estelionato. Que bom que eu estou sendo investigado, mas até hoje eu não tomei ciência disso. Que investiguem e que essa investigação seja séria, para que possa alcançar a verdade. Acusações qualquer um pode fazer, principalmente de violência doméstica."

Sobre suposta agressão a mulheres, o advogado chamou de "pífia".

"A bem da verdade, foi a mesma mulher que fez dois registros de ocorrência, que vem a ser a mãe do meu filho e já fui absolvido. O segundo processo sequer teve audiência", disse, acrescentando que, no entanto, já apresentou sua defesa.

Expulsão da PM

A decisão pela expulsão de Figueiredo da PM foi motivada por registros de ocorrência feitos por moradores da região, denunciando-o e um colega de farda, que à época era lotado no Batalhão de Policiamento em Vias Especiais (BPVE). Segundo o boletim interno da Polícia Militar que registrou a exclusão, em 18 de setembro de 2005 um morador da Taquara procurou a polícia para afirmar que estava sendo alvo de ameaças e agressão por parte de um dono de bar da região, após reclamar do som alto do estabelecimento. Na ocasião, a vítima revelou que o comerciante tinha um "consórcio" com a dupla de policiais. O homem também afirmou que foi ameaçado por Figueiredo, fardado, num posto de gasolina.

Em outro registro de ocorrência, moradores da Taquara denunciaram que os então praças da PM ameaçavam e agrediam quem não pagasse por proteção. Por conta das denúncias, a Corregedoria da PM fez uma operação e flagrou o soldado colega de Figueiredo armado e com um colete balístico dentro de um carro na região, acompanhado de um outro homem armado. Nesse dia, Figueiredo foi ao local e acabou sendo preso administrativamente "pela postura inconveniente em insistir em falar com os conduzidos".

Em 2013, Figueiredo perdeu na Justiça um processo que movia contra o estado. O advogado pleiteava R$ 35 mil “em razão de prisão”, que ele entendia que era ilegal. Ele queria ser ressarcido pelo governo do estado por danos morais. Entretanto, o então juiz Luiz Eduardo Cavalcanti Canabarro julgou improcedente o pedido do ex-policial.

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