O v ereador do Rio, youtuber e ex-PM Gabriel Monteiro será investigado pelo Ministério Público do Estado (MPRJ) em um novo inquérito, instaurado na sexta-feira, desta vez instaurado pela 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania da Capital, para saber se ele usava servidores lotados na Câmara dos Vereadores, recebendo dos cofres públicos, para trabalhar na produção de vídeos do parlamentar que vão para as redes sociais. Na tarde desta segunda-feira, vereadores se encontram com o procurador-geral de Justiça para tratar do caso do vereador.
Além disso, a promotoria vai cobrar explicações da Câmara Municipal sobre como é feita a escolta do parlamentar. Na última semana, dois fuzis usados por policiais militares que integram sua equipe foram apreendidos. Monteiro nega que isso aconteça e diz que "paga por fora" os serviços dos profissionais. No entanto, dois editores de vídeo que trabalharam com Gabriel disseram que eles recebiam apenas da Câmara.
A 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania da Capital vai convocar dois ex-servidores e uma funcionária da produtora de Gabriel Monteiro para prestar esclarecimentos. Se comprovado, ele poderá responder por improbidade administrativa, ato contrário aos princípios da administração pública.
A 3ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Cidadania da Capital também vai requerer explicações à Câmara dos Vereadores sobre a necessidade do parlamentar andar com escolta de fuzil. O pedido de segurança foi feito à Polícia Militar pela Casa em junho do ano passado.
Atualmente, Monteiro também é investigado na 2ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva da Infância e Juventude da Capital por divulgar vídeo de uma criança em suas redes sociais.
Além de ser investigado pelo MP, Monteiro também está sendo investigado na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) de Jacarepaguá, em um inquérito que ele é acusação de estupro, abuso sexual e importunação sexual. O político também é investigado pela Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) por constrangimento infantil ao expor imagens de uma criança em suas redes sociais. A denúncia foi feita no último domingo pelo Fantástico.
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Por sua vez, a 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) investiga o vazamento de três vídeos íntimos do parlamentar, entre eles um com uma menor de 15 anos. Ele alega que tinha a informação de que adolescente era maior de idade e que o ato foi consentido.
Já na 16ª DP (Barra), ele configura como envolvido em um inquérito que apura uma suposta tentativa de suborno que teria sido cometida pelo empresário Jailson dos Santos Salazar, dono da J.S. Salazar, responsável pela administração dos pátios e reboques da prefeitura do Rio. Na última semana, a justiça determinou que a distrital envie todas as mídias que Gabriel Monteiro deixou na delegacia para o Ministério Público analisar. A promotoria quer saber se o político forjou o caso.
Só após a análise das denúncias do MP e da Polícia Civil, o colegiado vai decidir se haverá representação contra o parlamentar e se elas podem resultar na cassação do mandato.
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