Terceiro vereador mais voltado do Rio (com 60.326 votos), Gabriel Monteiro (sem partido) é alvo de uma série de acusações e polêmicas. O Conselho de Ética da Câmara dos Vereadores do Rio vai reunir elementos até a próxima semana para avaliar se abre um processo contra ele, que pode até levar à cassação do mandato. Antes dessa denúncia, ele foi alvo de sete representações, até hoje sem decisão final do Conselho.
Assédio sexual — Gabriel Monteiro é acusado por ex-assessores de pedir carinhos nas partes íntimas. Uma ex-produtora de seus vídeos disse que o vereador a agarrou e chegou a mordê-la, lambê-la e passou a mão nas nádegas dela.
Assédio moral — Ex-funcionários reclamaram que Monteiro obrigava seus colaboradores a jornadas exaustivas de trabalho, chegando, inclusive, a agressões físicas.
Estupro — O programa Fantástico, da TV Globo, exibiu, em uma reportagem no último domingo (dia 27 de março), o relato de uma mulher que acusa o vereador de tê-lo estuprado. Ela afirmou que no início a relação foi consensual. Mas Gabriel não parou quando ele pediu.
Menor — O Ministério Público do Rio instaurou inquérito para investigar o uso de uma criança em um vídeo em suas redes sociais. A suspeita é que ao exibir as imagens, o vereador tenha violado regras do Estatuto da Criança e do Adolescente. No vídeo exibido pelo Fantástico, Gabriel orientar a menina em relação às respostas que teria que dar.
Calúnia — Em uma representação à Câmara dos Vereadores, a Uerj acusou Gabriel Monteiro devido a uma entrevista a uma rádio na qual afirma ter visto professores em sala de aula fumando maconham quando estudou na instituição.
Improbidade administrativa — Segundo Chico Alencar (PSOL), um dos pontos que será analisado pelo Conselho de Ética é o uso de funcionários pagos pela Câmara do Rio para atividades particulares, como a gravação dos vídeos do you tuber.
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Vídeos manipulados — Os vídeos de Gabriel Monteiro seriam editados de forma a simular situações ou direcionar declarações dos personagens. Além do caso da menina, o Fantástico identificou sinais de que um vídeo em que o vereador teria ficado sob o cerco de traficantes teria sido editado para transmitir essa impressão.
Vídeos íntimos — Imagens vazadas na internet mostram Gabriel Monteiro tendo relações sexuais com parceiras. Uma delas é menor de idade. Em depoimento na 42ª DP (Recreio), Gabriel e a adolescente alegaram que a relação foi consensual. A menina também disse que mentiu dizendo que teria 18 anos. O vereador acusa ex-assessores de vazarem as imagens.
Fiscalização em abrigos — O Ministério Público representou ao Conselho de Ética da Câmara dos Vereadores pelo comportamento de Gabriel Monteiro em inspeções a abrigos para menores, sem acompanhamento do conselho tutelar ou outra autoridade do Juizado da Infância e Juventude. A Jutiça a proibiu o acesso do vereador aos abrigos.
Fiscalização em unidades de saúde — Cremerj e Cruz Vermelha do Rio Grande do Sul representaram ao Conselho de Ética por causa de vistas consideradas truculentas. Em um dos casos. no CER Leblon, Gabriel entrou e filmou uma enfermaria com pacientes de Covid. Segundo a denúncia, isso expôs os pacientes ao risco, pois nem tudo que levava estava desinfectado.
Escolta, armas e carros — A reportagem do Fantástico mostrou que Gabriel circulava com escolta armada com fuzis. Nesta terça-feira, o 31º BPM (Recreio) decidiu recolher dois fuzis por determinação da Secretaria da Polícia Militar. Um veículo conduzido por um dos PMs foi multado por estar sem placa de identificação. No mesmo dia, O GLOBO flagrou outro carro sem placas estacionado na vaga reservada para Gabriel Monteiro na Rua Alcindo Guanabara, em frente a um acesso à Câmara.
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