Antes de morte por infarto neste domingo, uma petição feita pela defesa do fazendeiro Elmi Caetano Evangelista, de 74 anos, acusado de ajudar o serial killer Lázaro Barbosa morto no ano passado a fugir da polícia , citava que ele sofria de diabetes, um tumor no esôfago e um câncer na costela. O documento foi encaminhado à Vara Criminal de Cocalzinho de Goiás (GO) em 25 de junho do ano passado para que o idoso pudesse responder às acusações ao menos em prisão domiciliar, após ele ser detido no dia anterior.
Segundo seu advogado, Ilvan Silva Barbosa, o fazendeiro estava internado há cinco dias em um hospital em Brasília e também apresentava complicações no pâncreas, além de ter desenvolvido um quadro de ansiedade. A causa oficial da morte naõ foi divulgada.
"Ele passou mal e veio a óbito. Já tinha essas complicações, mas o hospital disse que foi problema no coração" afirmou Barbosa ao GLOBO.
No documento submetido à Justiça em junho, os advogados de Evangelista argumentaram que seu cliente sofria de "diabetes, neoplasia no esôfago e câncer na costela", além de usar "medicação como Patoprazol e Glibenclamida", para tratar as enfermidades. A defesa cita ainda as "condições precárias dos presídios e a falta de atendimento médico especializado" e justifica que seu quadro clínico "necessita de cuidados médicos".
Abrigo a criminoso
Os advogados anexaram um laudo de endoscopia realizado em dezembro de 2019, que indicava uma metaplasia (alteração reversível na célula) e gastrite. Também incluíram exames de ultrassonografia da região abdominal feitos em janeiro de 2020.
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Evangelista era réu por ajudar Lázaro durante a caçada ao serial killer morto após 20 dias de fuga. Ele foi acusado de abrigar o criminoso em sua fazenda e dar informações falsas à polícia sobre o paradeiro do fugitivo.
O fazendeiro foi preso preventivamente durante as investigações, mas foi solto após pouco mais de uma semana.
O Ministério Público denunciou Evangelista em junho do ano passado. O processo estava suspenso e eram aguardados laudos para verificar se Lázaro esteve ou não na propriedade do fazendeiro. A tendência é que o caso seja arquivado diante de sua morte.
Investigações preliminares apontaram que Lázaro faria parte de uma organização criminosa que reunia de fazendeiros a políticos. Um deles seria Evangelista. Seu advogado negou as suspeitas.
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