Na 3ª audiência sobre a morte de Ágatha Félix, em 2019, no Complexo do Alemão , a Justiça ouviu duas testemunhas de defesa, uma de acusação, além do réu, o cabo Rodrigo José de Matos Soares.
A primeira testemunha, que afirma ter visto o policial atirar, pediu que o cabo se retirasse do tribunal para prestar depoimento.
"Passou uma moto, ocorreu o disparo que o policial deu acertando na menina. A mãe disse que ele tinha acertado a filha dela. O motorista da kombi desceu e disse que ele tinha acertado a menina. Não houve nenhum confronto. Eu, por também ter filho, resolvi testemunhar", disse a testemunha em entrevista ao RJTV.
Apesar do depoimento marcado, as duas testemunhas de defesa não estavam presentes no início da sessão. A juíza da 1ª Vara Criminal chegou a determinar a condução coercitiva dos dois policiais e entrou em contato pessoalmente com o secretário de Polícia Militar.
Apenas duas horas depois, o sargento Robson Lima se apresentou. Hoje lotado no Batalhão de Bangu, ele alegou ter tido problemas com o carro. Em juízo, ele disse que soube que uma criança tinha sido baleada, mas que não se interessou pelo assunto.
Por estar afastado do serviço se recuperando de uma cirurgia, Hélcio Abreu Oliveira, a outra testemunha, prestou depoimento por vídeo.
Os investigadores concluíram que o policial atirou ao confundir a esquadria de alumínio carregada pelo garupa de uma moto com uma arma.
O último a ser ouvido foi o réu. Rodrigo José de Matos afirmou que o tiro que matou Ágatha saiu da arma de um colega.
"Eu fiz um disparo. O colega que estava do meu lado fez dois disparos. Depois disso, começaram vários disparos", disse.
Foi então que a juíza perguntou: "Partiu de quem o disparo que atingiu a Ágatha?". E ele respondeu.
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"Não tem como precisar", respondeu.
A Justiça vai dar um prazo para que defesa e acusação façam as suas alegações finais por escrito. O passo final será definir se réu vai ou não para júri popular.
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