Givaldo Alves rebate acusações de estupro feitas por personal
Reprodução/Metrópoles 23.03.2022
Givaldo Alves rebate acusações de estupro feitas por personal

Há duas semanas, cenas registradas por câmeras de segurança em Planaltina envolvendo um casal e um morador de rua intrigaram todo o Brasil . Até o momento, a história continha apenas a versão do personal trainer Eduardo Alves, que justificou a agressão cometida contra Givaldo Alves - o morador de rua flagrado mantendo relações sexuais com a esposa do personal - com uma acusação de estupro. Segundo Eduardo, a companheira se encontrava em surto psicótico e, portanto, não tinha condições de consentir o ato. 

Porém, a história pôde ser interpretada por outro prisma: o de Givaldo, que contou ao portal "Metrópoles" detalhes do que teria acontecido na noite de 9 de março.

A noite de 9 de março: o que Gilvado relata

Assim como relatou à polícia, Givaldo reafirmou que a relação com a mulher do personal trainer Eduardo Alves foi consensual. Inclusive, ele diz que ela o convidou a entrar no carro, mesmo depois de ele dizer que não “tinha tomado banho”.

“Eu andava pela rua e ouvi um grito: ‘moço, moço’. Olhei para trás e só tinha eu. E ela confirmou comigo dizendo: ‘Quer namorar comigo'? Eu gesticulei [apontando para si] e ela concordou”.

Segundo Givaldo, ele não acreditou no pedido da mulher e contestou: "Moça, sou morador de rua. Só estou bem-vestido, como todo mundo. E ela disse: 'Não, eu quero namorar com você'."

A conversa seguiu com Givaldo afirmando que não tinha dinheiro. "Eu não quero dinheiro, quero namorar com você" , disse a mulher, segundo Givaldo. " Moça, não sei se você não está entendendo, eu sou morador de rua e não posso nem pagar um motel."  Ela rebate:  "Não pode ser no meu carro?"

De acordo com Givaldo, foi nesse momento que ele aceitou. " Agora você me calou. Se você nunca calou um homem antes, você calou agora."

Givaldo conta que conversou com a moça antes de começarem a relação sexual. Ele diz que mostrou foto da filha, documentos e que aconselhou a ida para um lugar mais remoto, e que a mulher o obedeceu.

Quando perguntado se em algum momento a mulher solicitou que ele parasse ou pediu socorro, ele responde que não. Ele ainda disse que ambos ficaram cerca de uma hora dentro do carro.

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Eduardo, o marido, flagra a relação

" Do nada, uma mão deu um murro na janela do motorista.O vidro estraçalhado, mas pela película ele não quebrou. Eu falei 'vai, vai, vai' e ela só deitou no banco do carro. Eu perguntei: 'moça, que lugar é esse que você parou?' e ela disse 'eu moro aqui.'"

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Givaldo relata que abriu a porta para sair do carro, mas foi surpreendido por um soco de Eduardo. Então, ele voltou para o veículo, mas o personal deu a volta e usou a porta do banco do passageiro para atingí-lo com mais agressões, que Givaldo trocou para se defender. Ele colocou as calças, limpou o rosto, colocou a mochila e saiu correndo. Quando chegou ao hospital, pediu ajuda e foi socorrido pelos médicos.

Quando perguntado se a mulher reagiu à postura do marido, Givaldo disse que não houve nenhuma reação. Ele pensou, inclusive, que Eduardo queria "fazer mal" à companheira, já que não falava nada. "Eu nem ouvi a voz dele."

Eduardo Alves, personal trainer que agrediu Givaldo após vê-lo com sua esposa
Reprodução/Diário do Nordeste 23.03.2022
Eduardo Alves, personal trainer que agrediu Givaldo após vê-lo com sua esposa

Givaldo afirma que só compreendeu que a mulher era casada quando já estava no hospital, recebendo atendimento médico. Até o momento, ele acreditava ter sido vítima de uma retaliação, pois havia testemunhado um motorista em um carro arrastando propositalmente uma mulher na região alguns dias antes. Por isso, deduziu que o autor do crime estava se vingando.

Veja imagens registradas pelas câmeras de segurança no momento da agressão:


Acusação de estupro

Após Eduardo dizer que sua mulher estava em surto psicótico e era incapaz de consentir uma relação sexual, acusando Givaldo de estupro, o morador de rua rebateu as alegações do personal. “Deus me colocou em um lugar cercado por câmeras que comprovam não ter havido nada disso (estupro). Se fosse outro morador de rua, possivelmente já estaria preso” , disse.

Internautas brincam com o caso nas redes sociais
Reprodução/redes sociais
Internautas brincam com o caso nas redes sociais

Por conta da briga com Eduardo, o morador de rua sofreu um edema no olho e teve uma costela quebrada. Incrédulo sobre a notoriedade que ganhou nas redes sociais, Givaldo comenta a situação: “Não me arrependo”.

Quem é Gilvado Alves?

Enquanto narrava a história, Givaldo Alves se apresentou e falou sobre sua vida. O baiano de 48 anos disse que já foi casado, tem uma filha de 28 anos e que é morador de rua por opção. Primeiro filho de 10 irmãos, ele aprendeu a cuidar da casa e dos familiares antes de chegar em São Paulo para trabalhar, quando ainda tinha 14 anos. "Foi aí que eu conheci o que era trabalho pesado", disse.

Givaldo conta que já exerceu diversas funções, como operário na área de construção civil e como motorista responsável pelo transporte de produtos perigosos (MOPP). Nas ruas, ele peregrinou por cidades da Bahia, do Tocantins, de Minas e de Goiás até chegar ao Distrito Federal, sempre alternando entre abrigos públicos e casas de passagens.

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