Avessa à trincheira política, a primeira-dama Michelle Bolsonaro dá sinais de que vai entrar em ação para ajudar a eleger quadros com quem tem ligação, inclusive de parentesco. Nas últimas semanas, ela tem comparecido a cerimônias de filiação e posse de aliados.
Michelle fez questão de comparecer recentemente a um evento do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, para prestigiar a filiação à legenda da secretária de Segurança do Distrito Federal, Marcela Passamani, de quem é amiga. Passamani deve concorrer a uma cadeira na Câmara dos Deputados nas eleições em outubro. As duas se aproximaram em 2020, quando a candidata passou a convidar a primeira-dama para eventos públicos.
"Estou feliz de estar aqui com a minha amiga, Marcela Passamani, que é um exemplo para tantas mulheres. Você nos inspira muito", disse Michelle durante um evento em comemoração ao Dia da Mulher, no último dia 7.
A primeira-dama também se mostra empenhada na tarefa de conduzir parentes para o campo da política. No mês passado, ela esteve presente no evento que marcou o ingresso de seus irmãos Carlos Eduardo Torres e Diego Dourado ao PL. O primeiro pretende concorrer a deputado federal pelo Distrito Federal. O anúncio foi feito ao lado dos deputados federais Helio Lopes (PSL- RJ) e Carla Zambelli, recém filiada à mesma sigla.
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No mesmo dia, chegou à legenda a jornalista Amália Barros, pré-candidata a deputada federal pelo Mato Grosso do Sul. Ela e Michelle trabalharam juntas pela aprovação de um projeto de lei que classifica a visão monocular como deficiência visual.
As aparições da primeira-dama têm sido destacadas pela comunicação do PL nas redes sociais. A expectativa do partido é que o engajamento dela se intensifique, atraindo ainda mais filiados.
"As mulheres serão fundamentais na eleição, e a presença da primeira-dama nos eventos é ótima para nós. Torço para que continue. Só pela presença já dá para ver que ela estará engajada, certeza que vai", comemora o deputado federal Capitão Augusto (SP), vice-presidente do PL.