O canal do presidente Jair Bolsonaro no Telegram ganhou 30 mil seguidores desde a decisão que determinou o bloqueio do aplicativo de mensagens em todo o país, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também estipulou uma multa diária de R$ 100 mil a quem tentar burlar essa determinação.
O canal do presidente soma 1.123.069 de inscritos e segue funcionando neste sábado (19). Só hoje já foram feitas cinco publicações sobre feitos do governo Bolsonaro para os seguidores.
Na ordem de Moraes, desferida por volta das 16h desta sexta (18), o ministro determinou que fosse intimado o presidente da Anatel, Wilson Diniz Wellisch, para que ele adotasse "imediatamente todas as providências necessárias para a efetivação da medida, comunicando-se essa Corte, no máximo em 24 horas".
O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar neste sábado (19) a suspensão do Telegram no Brasil , determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com Bolsonaro, a decisão contraria tanto a Constituição quanto o Marco Civil da Internet.
" Não encontra nenhum amparo no Marco Civil da Internet e (em) nenhum dispositivo da Constituição", disse Bolsonaro, na saída de uma lotérica em Brasília.
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Ontem, o presidente também classificou a decisão do ministro do STF como “inadmissível”.
“Olha as consequências da decisão monocrática de um ministro do Supremo Tribunal Federal. É inadmissível uma decisão dessa magnitude. Porque ele não conseguiu atingir duas ou três pessoas, que, na cabeça dele deveriam ser banidas do Telegram”, declarou Bolsonaro.
O ministro da Justiça, Anderson Torres, também disse nesta sexta-feira que o governo federal está tomando providências para restabelecer o funcionamento do aplicativo Telegram no Brasil. O bloqueio atendeu a um pedido da Polícia Federal, que é vinculada ao Ministério da Justiça.
"Milhões de brasileiros sendo prejudicados repentinamente por uma decisão monocrática. Já determinei a diversos setores do @JusticaGovBR que estudem imediatamente uma solução para restabelecer ao povo o direito de usar a rede social que bem entenderem", escreveu Torres no Twitter.