Considerada a mulher mais poderosa e rica do mundo no final do ano passado, MacKenzie Scott doou R$ 6 milhões para o Instituto Sou da Paz, que atua há 23 anos com políticas para a prevenção e redução da violência no Brasil, em especial a armada. A doação foi feita este mês e é equivalente a um ano de orçamento da instituição.
Para receber o aporte, o Instituto Sou da Paz passou por uma análise da consultoria internacional Bridgespan, que auxiliou MacKenzie Scott em suas doações. Alguns dos pontos avaliados para aprovação da organização foi a transparência em seu plano de ação e na divulgação dos resultados.
De acordo com instituto, a maior parte do valor recebido será destinado a pesquisas e metodologias sobre o perfil e circulação das armas de fogo no país. Outra parte será investida em estudos sobre como prevenir a violência nas escolas e entre adolescentes em medidas socioeducativas.
Em seu plano estratégico quinquenal, o Sou da Paz busca criar estratégias para reduzir a impunidade de homicídios e desenvolver junto aos governos estaduais mecanismos para a retirada de armas de fogo ilegais de circulação.
Para Carolina Ricardo, diretora-executiva do Instituto Sou da Paz, a doação ajudará a fortalecer os projetos da organização e tornar as políticas de segurança brasileiras mais democráticas.
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"Receber a doação da Mackenzie Scott gera a grande responsabilidade de usá-la de forma a ampliar nosso impacto e fortalecer ainda mais a luta contra violência no país. Os recursos vêm em um momento em que também enfrentamos desafios democráticos importantes e será essencial para fortalecer a luta contra a violência e pela democracia no Brasil", pontua.
Scott é ex-mulher do bilionário Jeff Bezos, fundador da gigante de tecnologia Amazon, e tem uma fortuna avaliada em US$ 57 bilhões, o que a tornou a mulher mais poderosa e rica em 2021, segundo a revista Forbes.
Comprometida em distribuir parte de seus bens entre instituições sociais, em janeiro deste ano a filantropa doou R$ 4,2 milhões para o Vetor Brasil, organização que atua com o setor público. A verba foi destinada para produtos online que ajudam gestores a dar mais eficiência a suas áreas.
A bilionária se tornou a maior filantropa da pandemia, ao doar US$ 5,8 bilhões para 500 organizações sem fins lucrativos nos EUA, apoiando causas como igualdade racial, direitos LGBTQ+ e saúde pública. Recentemente, ela se casou novamente e seu marido, o professor de ciências Dan Jewett, também aderiu ao compromisso de doar grande parte de sua fortuna.
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