Um cigarro eletrônico explodiu na boca do músico Lélio Guedes, de 45 anos, em Ceilândia, no Distrito Federal. O incidente ocorreu na tarde do dia 17 de fevereiro quando Guedes estava em casa. A câmera de segurança gravou o momento e o caso ganhou notoriedade após a divulgação da filmagem nesta quarta-feira (2). Com mais de 28 anos de estrada, o músico conta que decidiu comprar o cigarro por ter recebido avaliações positivas de ouvintes.
"Não sou fumante, mas o primeiro que comprei estava ‘premiado’. Naquela noite, uma cliente me contou que o produto era refrescante e dava uma aliviada no calor. Como passo quatro horas cantando direto, achei que pudesse me ajudar" relata o artista.
O que o cantor não percebeu é que o produto já tinha entrado em combustão antes mesmo de ser utilizado. Ele relata que, no dia seguinte, bastou dar uma tragada para a parte de trás soltar faíscas.
"Quando comprei, coloquei em cima do meu som. Não percebi antes de fumar que a tampa queimou, o cigarro já ia explodir. Bastou eu tragar para ocorrer a explosão. Eu imediatamente joguei ele para longe de mim, tive muita sorte, estava longe do meu rosto" explica Lélio Guedes.
Com três sofas e cortinas na sala de estar, o músico pensa nos possíveis danos que o produto poderia ter causado. Por sorte, ele não teve nenhum ferimento. Ele pretende tomar providências jurídicas sobre o caso:
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"Demorei a divulgar justamente porque estava tentando localizar a empresa, não obtive sucesso. Já está tudo nas mãos do advogado."
Lélio Guedes se preocupa com a possibilidade de outras pessoas estarem em risco.
"É uma insegurança. E se o defeito não for só nesse cigarro, mas em todo o lote? Quantas pessoas podem ter uma bomba-relógio dentro de casa a ponto de explodir? É por isso que estou divulgando" alerta o artista.
Uso proibido
De acordo com a Resolução de Diretoria Colegiada da Anvisa (RDC nº 46), de 28 de agosto de 2009, a comercialização, importação e propaganda dos cigarros eletrônicos são proíbidas no Brasil. Ainda segundo as autoridades, a medida é baseada na inexistência de dados científicos que comprovem a eficiência, eficácia e segurança dos dispositivos.
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