Petrópolis (RJ)
Fernando Frazão/Agência Brasil
Petrópolis (RJ)

Boa parte do comércio no Centro Histórico de Petrópolis rebriu as portas nesta segunda-feira. Com a maior parte da lama e destroços retirados da região, e após o mutirão de limpeza realizado no último pelas Companhias de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro e de Niterói, a Rua do Imperador teve um início de dia quase normal, apesar de algumas marcas da tragédia que devastou o município ainda serem visíveis em alguns pontos, principalmente na altura da Praça Dom Pedro II.

Dono de uma loja de roupas na Rua do Imperador, Carlos Tavares reabriu o comércio e está promovendo uma queima de estoque para estimular a retomada após a tragédia das chuvas e também porque muita gente que perdeu roupas deve procurar as lojas para compras.

— Eu tive pouco prejuízo e só foi preciso mesmo uma boa limpeza para reabrirmos. É bom chegar aqui e ver todo mundo tentando retomar a rotina, é importante mantermos o otmismo e união para seguirmos em frente juntos. Ninguém aqui consegue nada sozinho, é um coletivo para a cidade perseverar — disse Carlos.

Em uma loja de aparelhos eletrônicos e eletrodomésticos, a estudante de psicologia Janaína Alves procurava um novo telefone celular. Moradora da Quitandinha, ela perdeu o anterior na queda de uma barreira e precisava de outro para as aulas on-line da faculdade.

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— Imaginei que as lojas só abrissem hoje mesmo. Não perdi minha casa, mas fiquei sem algumas coisas, entre elas o telefone. Agora vou tentar alguma promoção aqui ou parcelar em umas 10 vezes — contou.

Perto dali, na sede do Petropolitano Futebol Clube, uma fila de moradores aguardava a doação de cestas básicas e produtos de higiene. A dona de casa Maria de Lourdes Matos teve a casa interditada na região da 24 de Maio e se abrigou na casa de uma amiga no Centro. Hoje acordou cedo para conseguir alimentos e talvez roupas.

— Minha casa não foi atingida, mas os socorristas acharam melhor eu sair, pois iriam interditar devido ao risco. Por sorte, uma amiga ofereceu abrigo para minha família. Quando soube que iriam distribuir ajuda vim cedo, mas parece que tem bastante e não vai faltar. Quero uma cesta básica e roupas e produtos de higiene. Quando saímos, deixamos tudo para trás — lamentou.


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