Mesmo preso, Glaidson Acácio dos Santos, que ficou conhecido como “Faraó dos Bitcoin” por liderar um esquema de pirâmide financeira disfarçado de consultoria de investimento em criptomoedas, tem planos ambiciosos.
Ele estaria planejando entrar para a política, mais precisamente, como Deputado Estadual.
De olho nas Eleições 2022, o Faraó dos Bitcoin, que movimentou bilhões de reais com sua empresa GAS Consultoria Bitcoin, estaria buscando um partido político para se filiar.
De acordo com nota da jornalista Aline Macedo, do jornal O Dia, Glaidson estaria conversando com partidos de dentro da cadeira.
Glaidson está preso desde agosto de 2021 quando ocorreu a Operação Kryptos. Ele foi indiciado por crime contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro e gestão temerária ou fraudulenta.
Outras investigações
Além destes crimes, Glaidson virou réu no processo que investiga a tentativa de homicídio contra Nilson Alves da Silva, o Nilsinho. Glaidson é apontado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) como mandante do crime.
Nilsinho foi alvo de um atentado em março de 2021 em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. Ele sobreviveu, mas ficou tetraplégico.
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Conforme noticiado pelo CriptoFácil, em 14 de dezembro a juíza da 2ª Vara Criminal de Cabo Frio, Janaina Pereira Pomposelli, aceitou denúncia do MPRJ de que Glaidson mandou matar Nilsinho.
A suspeita é que o crime tenha sido motivado por uma espécie de disputa territorial. Isso porque NIlsinho, assim como Glaidson, atuava com supostos investimentos em criptomoedas em Cabo Frio.
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Caso GAS
Com sede em Cabo Frio, a GAS prometia rendimentos mensais de 10% sobre o valor aportado.
Em agosto de 2021, a Polícia Federal deflagrou a Operação Kryptos que culminou na prisão de Glaidson e alguns comparsas.
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Além disso, a PF apreendeu milhares de reais e centenas de Bitcoins. Posteriormente, a Justiça efetuou o bloqueio de contas bancárias ligadas à Glaidson.
Então, a empresa anunciou aos clientes que teria que interromper os repasses mensais devido aos bloqueios.
Mais recentemente, o criminalista Ciro Chagas – que defende a esposa de Glaidson, Mirelis, que está foragida, – informou que foi autorizado por ela a apresentar à Justiça Federal um plano de pagamento aos clientes lesados.
Uma das possibilidades para este acordo seria um acordo de leniência. Neste caso, a GAS assumiria as obrigações fiscais sobre as operações.
Os investigadores do caso foram surpreendidos com a notícia do plano de reembolso. Mas alguns acreditam se tratar de uma forma para pressionar a Justiça a libertar Glaidson e suspender buscas por Mirelis.