Governo e MP notificam Vale a adotar medidas preventivas em barragens
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Governo e MP notificam Vale a adotar medidas preventivas em barragens

Com as fortes chuvas que assolaram Minas Gerais em dezembro e janeiro, ao menos 18 barragens com algum nível de emergência acionado deverão passar por intervenção em suas estruturas. A determinação é do governo mineiro e do Ministério Público do estado, que notificou a Vale, responsável por essas barragens, a prestar informações e adotar medidas preventivas.

Entre as estruturas mencionadas, três estão em nível 3 de emergência, o mais alto da escala: Forquilha III, na área rural de Ouro Preto, B3/B4, em Nova Lima, e Sul Superior, em Barão de Cocais.

A ação faz parte de uma análise feita pelo governo de Minas Gerais e o MP em 31 barragens de mineração no estado. Além das 18 barragens da Vale, foram vistoriadas estruturas das empresas Arcelormittal e Minérios Nacional.

Segundo o governo mineiro, as outras 13 barragens não apresentaram nenhum dano ou anomalia causados pelas fortes chuvas e estão com o “comportamento esperado para o período chuvoso”.

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De acordo com a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e o MPMG, a Vale terá um prazo de dez dias para apresentar dados técnicos e informar sobre as medidas que serão adotadas pela empresa.

O poder público pede à empresa, entre outras ações, que mitigue e corrija processos erosivos no entorno das estruturas, faça a manutenção e limpeza dos sistemas de drenagem interna e reduza a contribuição pluvial sobre a barragem.

As fortes chuvas que atingiram Minas Gerais nas últimas semanas aumentaram a pressão sobre o nível de barragens e alarmaram cidades mineiras. No início do mês, a prefeitura de Pará de Minas emitiu um alerta máximo aos moradores sobre o risco de rompimento da barragem da Usina do Carioca. Em Ouro Preto, um deslizamento de terra destruiu imóveis históricos e assustou a população.

Em nota, a Feam e o MPMG reiteram que as notificações são “uma ação preventiva” e que por meio delas o poder público “tenta antecipar qualquer problema que possa ocorrer nesse período chuvoso”. Ainda segundo os mesmos órgãos, as barragens que não exigem medidas de manutenção imediatas continuam sendo monitoradas.

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