O prefeito da cidade de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou, nesta quinta-feira (6), o cancelamento do carnaval de rua de São Paulo neste ano por causa do avanço da Covid-19 na cidade. Apesar do cancelamento dos blocos de rua, Nunes manteve os desfiles das escolas de samba no Sambódromo do Anhembi, que devem acontecer nos dias 25, 26, 27 e 28 de fevereiro.
"Por conta da situação epidemiológica está cancelado o Carnaval de Rua de SP. Nós vamos sentar com a Liga das Escolas de Samba para combinar um protocolo para a realização dos desfiles no sambódromo. Caso eles aceitem os protocolos, os desfiles serão mantidos", disse o prefeito.
A decisão ocorreu após uma reunião com representantes da Vigilância Sanitária e da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), que apresentaram um estudo sobre o comportamento da Covid-19 na cidade nos últimos meses.
Os os dados apresentados, a cidade de São Paulo já pode registrar um número de casos de Covid-19 maior do que o da segunda onda, em 2021. O aumento no número de casos se deve muito por conta da chegada da variante Ômicron. Além disso, a cidade também lida com um aumento no número de casos de Influenza.
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Com o cancelamento dos desfiles dos blocos de rua, a Ambev, empresa patrocinadora do carnaval de rua em 2021, deixará de pagar a cidade o valor de R$ 23 milhões estipulado no contrato de patrocínio.
Nesta quarta-feira (5), três entidades de blocos de rua da cidade publicaram um manifesto em que cancelam a participação de cerca de 250 blocos no carnaval de rua. O comunicado também diz que não aceitam participar de eventos fechados no Autódromo de Interlagos, como está sendo estudado.
Além da cidade de São Paulo, o cancelamento do Carnaval de rua já foi decidido em outros municípios, como Rio de Janeiro, Olinda e Salvador. A lista de municípios que proibiram a folia chega a pelo menos 58 no interior paulista, litoral e Grande São Paulo.