Uma operação conjunta da Polícia Civil e da PM prendeu, nesta terça-feira, em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, a jovem Thalita Silva Teixeira, de 19 anos. Ela é acusada de, na companhia do namorado e de outros dois comparsas, participar de uma série de crimes na região dos bairros Itaipu e Shangri-Lá. No último deles, ocorrido no fim da madrugada de segunda-feira, primeiro dia útil do ano, diversas vítimas de roubo reconheceram Thalita como uma das assaltantes na 54ª DP (Belford Roxo) e relataram que ela estava na garupa de uma moto, portando um fuzil.
O companheiro da jovem foi identificado como Luan Nascimento Duarte Silva, de 18 anos, e é considerado foragido desde o dia 29 de dezembro, quando teve a prisão temporária decretada pelo plantão judiciário. Na mesma data, a juíza Maria Izabel Pena Pieranti tomou decisões semelhantes sobre Darlan Nascimento Duarte Silva, irmão de Luan, e Fabiano da Hora, os outros dois integrantes do bando.
Além do envolvimento em pelo menos quatro roubos investigados pela 54ª DP, o trio masculino que compõe o grupo também é acusado de outros crimes, como estupros e estupro de vulnerável.
Segundo a Polícia Civil, em parte dos assaltos eles chegavam a cometer abuso sexual contra vítimas mulheres. Em um dos casos, isso aconteceu a uma mãe e a filha, de apenas 13 anos. Luan, Darlan e Fabiano também estariam envolvidos em homicídios e tentativas de homicídios, em inquéritos que correm na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
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Durante as investigações sobre os três, a polícia chegou até o nome de Thalita, que também passou a tomar partido nos crimes do bando. Inicialmente, ainda de acordo com a 54ª DP, ela aproveitava a aparência física para atrair possíveis vítimas de roubo. Mais tarde, contudo, a jovem também passou a ter participação mais ativa nos assaltos.
"Ela se valia das características físicas, da beleza e da boa aparência para se aproximar de eventuais vítimas e apontar possíveis alvos. Depois, o grupo utilizava o forte armamento bélico para efetuar os roubos", detalha o delegado Alexandre Netto, da 54ª DP, antes de continuar: "Só que nessa noite ela participou muito mais ativamente da empreitada criminosa. Junto do namorado e de Fabiano, eles subtraíram celulares e outros pertences de várias vítimas exibindo pistola e fuzil, e pelo menos cinco reconheceram a Thalita. Ela estava, inclusive, com um fuzil na garupa da moto do namorado".
Até ser presa, Thalita não tinha nenhuma outra passagem pela polícia, mas informações colhidas pelos investigadores indicam que ela já se envolveu com um importante miliciano da região, atualmente preso, com quem chegou a ter um filho. Depois, os dois se separaram e ela iniciou a relação com Luan, que — assim como os comparsas — seria ligado ao tráfico de drogas.
Ao ser ouvida informalmente pelos policiais, Thalita confirmou que é namorada de Luan e reconheceu que estava com vários celulares que são produto de roubo. Ela negou, contudo, ter participado ativamente do assalto.