O cientista baiano Gustavo Cabral, de 39 anos, usou as redes sociais para denunciar o som alto na casa de vizinhos, na cidade de Tucano no interior da Bahia, durante a madrugada deste sábado. De acordo com o líder do desenvolvimento de vacinas contra o coronavírus no Departamento de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP), ele teria sido ameaçado de morte após a reclamação.
Na publicação feita pelo Instagram, o pesquisador diz que chegou a acionar a Polícia Militar para auxiliar no cumprimento da lei do silêncio, mas nada foi feito.
“4h30 da manhã e ninguém consegue dormir. E AINDA SOU AMEAÇADO DE MORTE, DE TOMAR UM TIRO! Vou reclamar e RESPONDERAM QUE COM QUEM TEM DINHEIRO NÃO SE RECLAMA! Começo a filmar e sou ameaçado de tomar um tiro. Isso tudo depois de ligar para polícia! Que não fez nada!”, escreveu ele, que no vídeo aparece questionando um homem sobre o barulho.
Em outro post, em que compartilhou um print, Gustavo diz que a festa com o som alto ainda continuava, por volta das 7h, e que tinha a presença do secretário de Cultura do município, que estaria cantando no local.
“Afinal, quem são essas pessoas? De quem é essa casa, que o dono submete a sociedade a isso e ainda tem o "SECRETÁRIO DA CULTURA" da cidade cantando na festa?”
Em nota, a Polícia Militar informou que tomou conhecimento por volta de 7h12, deste sábado, e que uma guarnição foi até o local para verificar o ocorrido. Segundo a PM, nem a vítima e nem os responsáveis pelo som alto foram encontrados.
O comandante do 5º BPM/Euclides da Cunha manteve contato com o cientista baiano Gustavo Cabral, por telefone, orientando-o a levar o fato ao conhecimento da prefeitura local, vez que ocorrência dessa natureza (poluição sonora) é competência do Poder Público local.
O GLOBO tentou contato com a secretaria de cultura de Tucano mas não obteve respostas até o momento desta publicação.