Um adolescente de 14 anos foi alvo de ataques racistas pelos colegas de sala do Colégio Cristão Ver, em Belo Horizonte, Minas Gerais. Os ataques aconteceram, na última semana, em um grupo do WhastApp. "Pensei que preto era tudo pobre” e “saudades de quando preto só era escravo”, escreveram na plataforma. Nesta segunda-feira, o pai do menino vai registrar um boletim de ocorrência. As informações são do portal Uol.
De acordo com o pai da criança, Alexandre, o grupo foi criado com intuito dos alunos trocarem conteúdo e debaterem sobre as provas. No entanto, a vítima era excluída das conversas. Se sentindo isolado, o garoto deixou grupo.
Depois que o adolescente saiu do grupo, os ataques racistas aconteceram. O pai relatou que o filho recebeu alguns prints de um amigo sobre o que havia sido dito assim que ele saiu do grupo. “Que bom que o ‘neguin’ não tá. Já não aguentava mais preto naquele grupo” [sic], disse um dos garotos.
O nome do grupo chegou a ser alterado para “Pilantrinhas (sem neguin)”. As mensagens continuaram: “nem sabia que preto estudava”; “nem sabia que preto podia ter celular”. Após o caso, a coordenação da escola marcou uma reunião com os pais dos alunos envolvidos. Segundo Alexandre, alguns dos responsáveis tentaram minimizar os ataques racistas.
"Eles se desculparam, mas o leite já foi derramado. Eles bateram muito forte não só na minha família, mas no meu filho também. Hoje, [ele] não foi disputar um campeonato, não sai de casa e não está comendo" , disse ao site.