Réveillon 2022: definição da festa no Rio sai na próxima semana
Gabriel Monteiro/Agência O Globo
Réveillon 2022: definição da festa no Rio sai na próxima semana

O secretário municipal de Saúde do Rio, Daniel Soranz, disse que o  réveillon deste ano deve ser definido na próxima semana. Os comitês científicos do estado e da cidade se reúnem nesta sexta-feira para debater sobre a celebração. O vai e vem sobre como a comemoração será realizada — em especial em pontos tradicionais da capital, como a Praia de Copacabana — ganhou mais um capítulo nesta terça-feira, com o governador Cláudio Castro afirmando ser a favor da queima de fogos, mas sem programação de shows, numa tentativa de evitar aglomerações.

Para Soranz, o panorama epidemiológico da cidade se mostra favorável, com número de internações de pacientes com Covid-19 em queda. Ele salientou o avanço da cobertura vacinal, no qual destaca como principal fator de contenção do avanço da pandemia no município, a ampliação do "passaporte da vacina", que passou a ser exigido em mais lugares desde o último dia 2. A cobrança do comprovanete é uma das apostas para estimular o turismo apenas de vacinados. Segundo o secretário, estabelecimentos foram multados por descumprimento da exigência do documento.

"O réveillon é muito importante para a economia da cidade, muito importante para as pessoas, mas as vidas têm que ser sempre uma prioridade. Então, os shows foram interrompidos.Não vai haverá show na orla de Copacabana justamente para diminuir o número de pessoas que normalmente procuram o réveillon em Copacabana. E uma alternativa seria justamente os fogos, o que está sendo ainda avaliado pelo comitê científico do estado. A gente deve ter uma definição sobre isso na próxima semana", disse Soranz, em entrevista ao "Bom Dia Rio", da TV Globo, na manhã desta quarta-feira.

O prefeito Eduardo Paes tem afirmado que, em caso de divergência entre os comitês científicos municipal e estadual, a medida que vale é a mais restritiva. Uma das primeiras decisões acatadas pela prefeitura foi o cancelamento dos shows.

"Nesse momento, o prefeito decidiu cancelar, a partir da recomendação do comitê estadual, o show na praia, que é justamente o que atrai a maior parte do público e a maior parte das pessoas. Com o show, eram esperados aproximadamente 3 milhões de pessoas na Praia de Copacabana ou até mais do que isso porque a gente não teve réveillon no ano passado. E é um evento muito importante para a cidade, é um dos eventos mais importantes que a cidade tem, e com a não-realização dos shows a gente espera que esse número de pessoas diminua bastante em relação ao que estava previsto inicialmente. Agora o comitê do estado avalia", disse Soranz durante a inauguração de um polo de saúde no Complexo do Alemão na manhã desta quarta-feira.

Na reunião agendada entre os especialistas, Soranz afirma que serão definidos os detalhes, tendo, entre as avaliações, o estacionamento na orla e o esquema do transporte público, como o funcionamento das estações de metrô.

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"A nossa proposta era realizar o réveillon na cidade do Rio de Janeiro mediante ao panorama epidemiológico que a gente tem nesse momento, que é o baixo número de casos de Covid-19, e o comitê estadual achou por bem reduzir o número de pessoas na Praia de Copacabana. Isso ainda está sendo avaliado por esse comitê e a gente vai escutar as propostas desse comitê de como realizar a festa com um número de pessoas menores".

'Passaporte da vacina'

O secretário municipal de Saúde destacou o avanço da vacinação na capital que, atualmente, registra 95% dos adultos já com as duas doses da vacina, 99,9% com a primeira dose e, aproximadamente, 22% das pessoas adultas com a dose de reforço. A cobertura vacinal e a redução do número de casos de Covid-19 reforçam o "panorama epidemiológico muito favorável", segundo Soranz.

Com o esperado aumento no fluxo de turistas procurando a cidade nos últimos dias do ano, a ampliação da exigência do "passaporte da vacina" espera frear a chegada de não-vacinados ou de pessoas com o ciclo incompleto. No decreto publicado na última quinta-feira (2), a comprovação foi estendida para locais como estabelecimentos de hospedagem de qualquer espécie (como locações de imóveis por temporada e os serviços contratados por aplicativo, assim como hotéis); nas áreas internas e cobertas de bares, lanchonetes, restaurantes e refeitórios; salões de beleza e barbeiros.

"Os eventos estão liberados na cidade já, há 15 semanas na cidade do Rio de Janeiro, e a gente não está vendo o aumento do número de casos de Covid-19, pelo contrário, é muito raro a gente encontrar caso de Covid-19 nesse momento, mas a gente quer manter esse panorama epidemiológico positivo, para isso é muito importante também a exigência do passaporte vacinal na maior parte dos lugares. Ainda tem estabelecimento com essa crise toda que não está exigindo o passaporte vacinal. A vigilância sanitária do município está intensificando a fiscalização essa semana. Alguns estabelecimentos já foram multados. A gente pede o apoio de todos os donos de bares, restaurantes, donos de hotéis, de estabelecimentos no geral, para que a gente tenha a cidade cada vez mais vacinada e protegida", disse Soranz, em entrevista ao "Bom Dia Rio".

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