“Estou com muita dor. Tenho a certeza de que a culpa não é dele. Ninguém sabe o que aconteceu”, disse Larissa Vicente, namorada do piloto Gustavo Carneiro , de 27 anos, que é de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, e está no Rio há 3 anos. Ele é uma das três pessoas desaparecidas que estavam em um avião bimotor que vinha de Campinas para o Rio e desapareceu em alto mar quando sobrevoava Ubatuba, em São Paulo, na última quarta-feira. Nesta sexta-feira, a Força Aérea Brasileira (FAB) faz buscas em um raio de 750 quilômetros em busca dos desaparecidos.
— A gente não tem a certeza se é o Gustavo ou não. Estamos com muita dor, muita dor. Eu estou vendo o meu futuro acabar. Só queremos saber se o corpo é dele ou não. Se existe, só queremos o corpo — desabafou Larissa.
A jovem disse que não sabe o que pode ter acontecido e que a família está muito triste porque Gustavo perdeu o pai há um ano e meio em decorrência da SARS-CoV-2.
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— Está doendo muito. A gente está aqui para ver se ele é ele ou não. Nos solidarizamos com as outras duas famílias — destacou a namorada de Gustavo que durante todo o tempo, assim como a mãe e o irmão do piloto que chegaram do Mato Grosso do Sul, durante a madrugada, eram amparados por amigos e parentes.
Os familiares do rapaz chegaram depois das 10h50min. A mãe e a namorada de Gustavo chegaram ao Instituto Médico Legal (IML) de Campo Grande, na Zona Norte do Rio, para reconhecer um corpo que foi resgatado na tarde desta quinta-feira por equipes da FAB em alto mar já no estado do Rio.
— Ele é um profissional muito competente e tenho certeza de que a culpa não é dele. Espero que o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA) investigue — acrescentou Larissa.
Na manhã desta sexta-feira, a Polícia Civil havia feito o exame de papiloscopia no cadáver. A necropsia foi feita na noite desta quinta. Durante todo o tempo, a mãe de Gustavo chorava e falava ao telefone.