No último sábado (6), um registro de uma confraternização entre alunos da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (UnB) causou polêmica nas redes sociais. Um dos estudantes posa fazendo um gesto utilizado por supremacistas brancos em todo o mundo. O sinal em questão é o gesto de "ok" e foi muito comentado no Brasil, após ter sido feito durante uma sessão no Senado por um dos assessores do presidente.
Os estudantes estavam commemorando o fim do semestre letivo em um bar da Asa Sul. Em uma das fotos tiradas pelo grupo, o aluno Leonardo Rigotti faz o símbolo. Apesar de ter várias conotações, como a de sinalizar "ok", no Brasil e em vários outros países seu significado pode ser problemático. Isso porque o gesto passou a ser utilizado por supremacistas brancos dos Estados Unidos como uma identificação e brincadeira.
Entenda o gesto: o “w” formado com os três dedos significa “white” e os outros dois dedos formam a letra “p”, que significaria “power”. “White Power” é uma expressão racista que significa “Poder Branco”.
A fotografia gerou polêmica entre os alunos. Uma estudante que viu a imagem informou ao Metrópoles que levou o caso ao Ministério Público do DF e Territórios. “Tive a iniciativa de fazer a denúncia, pois é muito comum as pessoas se indignarem, mas não fazerem algo. É naturalizado”, disse. O MPDFT confirmou a denúncia e informou que o “caso está em tramitação interna e logo em seguida será distribuído para a unidade com atribuição para apuração dos fatos”.
A foto também chegou até o Centro Acadêmico de Direito (CADir), que divulgou uma nota de repúdio. Além de explicar o contexto da utilização desse símbolo, a publicação afirma que "já está tomando medidas jurídicas cabíveis diante do episódio relatado e, mais uma vez, reafirma o compromisso político e democrático contra todas as formas de violência simbólica”.