Biomédica Ana Carolina Almeida Campos foi presa em flagrante e realizava procedimentos invasivos
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Biomédica Ana Carolina Almeida Campos foi presa em flagrante e realizava procedimentos invasivos

Assim como a biomédica Ana Carolina Almeida Campos , falsa médica presa em flagrante por falsidade ideológica e uso de documento falso, quando dava consulta a uma agente que se passou por paciente, pelo menos nove pessoas que se passaram por médicos também foram presas no estado em quase um ano e quatro meses.

Estudantes de Medicina, pessoas que sequer concluíram a graduação e que usavam nomes e CRMs de outros profissionais. Esse é o perfil da maioria dos falsos médicos.

A biomédica Ana Carolina Almeida Campos realizava procedimentos invasivos, além de usar o carimbo de um médico para prescrever exames, segundo investigaram policiais civis da Delegacia de Defraudações, responsáveis pela prisão.

O boliviano Iver Luis Corcuy Peredo, de 48 anos, preso em flagrante no último dia 21 de agosto, também utilizava carimbo de um profissional. Ele foi preso, quando atuava como médico no PAM de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, solicitando exames e fazendo prescrições como ortopedista com o carimbo do profissional Douglas Jeferson de Freitas, que atendia na unidade.

Ele foi indiciado por exercício ilegal da medicina e por falsificação de documento público. Iver se apresentava como estudante de medicina e já havia sido preso em 2015 pelo mesmo crime.

A estudante de Odontologia Nathiely da Silva do Nascimento, de 20 anos, foi presa no último dia 19 de agosto no Hospital municipal Miguel Couto, na Gávea, Zona Sul do Rio. Em seu perfil nas redes sociais, Nathiely se apresentava como médica especialista em ortopedia e traumatologia da unidade e chegava a compartilhar entre os seguidores elogios ao seu trabalho, além de uma falsa rotina como especialista, com fotos dando plantões, usando jaleco com seu nome e segurando um estetoscópio.

Ela é suspeita de ter entrado no hospital com um crachá falso e foi surpreendida na cantina do local. Na rede social, Nathiely também postava fotos de guias médicas com prescrição de medicamentos onde constava o carimbo com o nome da jovem. A estudante postava fotos com a guia, estetoscópio, carimbo e uma caneta em cima, sugerindo que estava trabalhando.

Dia 14 de julho, a Polícia Civil prendeu em flagrante uma mulher que se passava por outra médica no Hospital Prontonil, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Ela usava o carimbo da médica Bruna Carolina Rodrigues, que trabalha em um hospital municipal de Duque de Caxias. A mulher foi identificada como Bruna Carla de Oliveira Sozim e atuava como plantonista. Ela teve a liberdade provisória concedida pela Justiça.


A médica que teve seu "nome roubado" descobriu que o carimbo com seu CRM estava sendo usado num hospital particular de Nova Iguaçu a partir de uma denúncia anônima e foi ao local conferir. Ela gravou um vídeo flagrando Bruna Carla atuando com suas credenciais. Bruna Carolina Rodrigues, a verdadeira, trabalha como médica intensivista no Hospital Municipal São José, em Duque de Caxias.

Bruna Carla foi presa em flagrante por falsidade ideológica e exercício ilegal da medicina. Em nota, o Hospital Prontonil chegou a afirmar que Bruna Carla de Oliveira Sozim nunca fez parte do corpo clínico, e que também foi vítima dela, já que ela utilizava a documentação de outra pessoa.

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