A prisão preventiva de Rogério de Andrade foi suspensa por uma liminar concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kassio Nunes Marques na última sexta-feira, conforme adiantou Ancelmo Góis em sua coluna. O bicheiro era considerado foragido desde o dia 12 de março e é suspeito de ser mandante do assassinato, em novembro de 2020, de Fernando Iggnácio, com quem disputava pontos de jogo ilegal, de acordo com investigações.
Andrade é patrono da Mocidade Independente de Padre Miguel, cujos seguranças são acusados do crime. O ministro considera em sua decisão que não se pode admitir que "uma prisão preventiva seja decretada em desfavor de uma pessoa pelo simples fato de ser 'patrono de escola de samba' ou mesmo empregador e/ou ex-empregador de um e/ou alguns demais acusados, sem que estejam minimamente identificados o nexo de causalidade entre a conduta a ele imputada e o dano causado (...)".
Ainda será julgado o mérito do pedido de habeas corpus para Rogério, que tem em sua defesa os advogados Ary Bergher e Paulo Gallotti. Antes da decisão de Marques, o Ministério Público já havia se manifestado a favor da revogação da prisão preventiva de Andrade. Foram classificados como frágeis os elementos que basearam o pedido de detenção.
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Fernando Iggnácio, que era genro de Castor de Andrade, foi executado com tiros de fuzil no estacionamento de um heliponto no Recreio, Zona Oeste da cidade, quando voltava de Angra dos Reis no dia 10 de novembro do ano passado. Quatro suspeitos foram identificados e um deles está preso.