Ivan Valle, filho de Ana Cristina Valle, ex-mulher de Jair Bolsonaro, foi condenado por violência doméstica pela Justiça do Rio em abril deste ano. O funcionário público, de 32 anos, foi condenado a três meses e 15 dias de detenção em cumprimento em regime aberto, além do pagamento de dois salários mínimos à vítima por danos morais. As informações são do Metrópoles .
A condenação foi assinada em abril deste ano pela juíza Adriana Ramos de Mello, do 1º Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher do Rio de Janeiro, mas o caso segue tramitando e foi enviado na semana passada ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ).
A sentença diz que Ivan teria agredido a ex-companheira com um chute na perna e um tapa no rosto, além de apertar seu pescoço e a empurrar; tudo isso na frente da filha de um ano do casal.
Segundo Juliana Alencar, ex-mulher de Ivan, ele teria ido a sua casa com uma decisão judicial que atestaria que ele poderia ficar com a filha aos finais de semana. Iniciou-se uma discussão e, em seguida, Ivan teria pegado a criança no colo de maneira rude.
“Ele foi no meu pescoço (...) Eu pedia pra ele me dar ela, porque ela estava gritando (…) Eu estava na frente do elevador ainda. Quando ele soltou o meu pescoço e eu fui tentar pegar ela, ele veio com a cabeça na minha testa e me empurrou contra o elevador”.
Juliana diz que tentou evitar que Ivan levasse a filha e foi agredida mais uma vez. “Ele me deu um chute na perna esquerda, no tornozelo”. O exame de corpo de delito registrou que as lesões foram sofridas por “ação contundente”, assim como o boletim médico.
No dia seguinte à briga, Juliana conseguiu uma medida protetiva, com base na Lei Maria da Penha, e Ivan foi impedido de se aproximar a menos de 250 metros de Juliana, por três meses, e de ter qualquer comunicação com a vítima. A medida foi prorrogada por duas vezes.
Em março de 2019, o MPRJ denunciou Ivan Valle por lesão corporal em violência doméstica e ele tornou-se réu.
Em depoimentos, Ivan negou as acusações e disse que Juliana fez um “escândalo” sem razão depois que ele mostrou um documento da Defensoria Pública autorizando sua visita à criança.