Padre Omar
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Padre Omar


A equipe jurídica da Arquidiocese registrou, no início da tarde desta segunda, boletim de ocorrência na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) para denunciar o episódio do último sábado, quando padre Omar e sua comitiva foram impedidos de acessar o Santuário Cristo Redentor. Eles se dirigiam ao local para uma missa, a ser realizada nos pés do Cristo, e foram barrados por seguranças do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que faz a gestão do Parque Nacional da Tijuca.

A comitiva, da qual faziam parte pais, padrinhos e a criança, também foi impedida de acessar o parque na manhã de sábado, na subida pela Estrada das Paineiras, sob alegação que o acesso não estava autorizado. A cerimônia, inicialmente marcada para 7h30, foi realizada duas horas depois, quando todos conseguiram subir até o monumento.

Na opinião da diretora jurídica da Arquidiocese, Claudine Milione Dutra, que gravou um vídeo no domingo para explicar a decisão de levar o ocorrido à delegacia, trata-se de mais um caso de perturbação da liberdade religiosa e de culto:

"Impedir a arquidiocese de acessar um santuário religioso, impedir o Padre Omar de acessar o santuário do cristo redentor para uma celebração religiosa é extremamente grave, inconstitucional, crime previsto no código penal. A arquidiocese terá que tomar providências através de uma representação criminal", informou ela, em vídeo.

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Em resposta, O ICMBio informou que por questões de segurança dos frequentadores e conservação ambiental de alguns Parques Nacionais, todos os veículos que acessam as áreas restritas precisam se identificar. Eventualmente, essa checagem pode levar um pouco mais de tempo, devido a quantidade de frequentadores em eventos e nos finais de semana.



Apesar da Arquidiocese citar o crime de perturbação da liberdade religiosa e de culto, ainda não foi confirmado como a ocorrência foi tipificada, na Decradi. Neste domingo, Padre Omar, reitor do Santuário Cristo Redentor, viajou para o Vaticano. O registro na delegacia, então, foi feito pela equipe jurídica da Arquidiocese.

Histórico de brigas

Na nota, o Santuário também relembrou outros episódios recentes em que diz ter havido constrangimento com convidados e religiosos. Em episódio similar, funcionários terceirizados da iluminação do Cristo Redentor não puderam subir para colocar uma luz verde no monumento no dia 2 de setembro. Era uma ação que visava chamar a atenção para a importância da doação de órgãos.

No dia seguinte, 3 de setembro, o problema seria que convidados da Arquidiocese do Rio de Janeiro não puderam acessar o santuário. Após a celebração, o Santuário ofereceu café da manhã gratuito aos fiéis, mas alegam que o Parque Nacional da Tijuca também vetou o acesso de água aos convidados.

O Santuário Cristo Redentor afirma ainda que nos últimos anos que foram colocadas guaritas e catracas no acesso ao monumento pela Estrada das Paineiras, quando também passou a ser exigida autorização pelo parque. Eles lembram ainda que tudo é enviado aos funcionários do Parque Nacional e que o acesso ao santuário sempre foi gratuito, que o que é cobrado é pelas concessionárias de vans e trens que levam o público.

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