A juíza Elizabeth Louro, do 2º Tribunal do Júri, pediu reforço de segurança nas dependências do plenário onde será realizada a primeira audiência de instrução e julgamento do Caso Henry , referente ao processo em que a mãe do menino, Monique Medeiros da Costa e Silva, e seu padrasto, o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior (Dr. Jairinho), são acusados do assassinato dele.
A audiência está marcada para o dia 6 de outubro, às 9h30, no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. A magistrada também requisitou o reforço de segurança no controle do acesso à plateia, "considerando se tratar de fato rumoroso, que ganhou notoriedade na mídia nacional".
No mesmo despacho em que marcou a data da audiência, a juíza descartou a tese do advogado Braz Sant’Anna, que defende Jairinho, que afirmava que o celular apreendido com o ex-vereador havia sido indevidamente manuseado e teria sofrido "provável violação de dados".
O advogado se baseava no fato de terem aparecido mensagens informando que o número do celular de Jairinho havia saído de grupos de WhatsApp no dia 28 de julho. No entanto, a informação foi contestada pelo assistente da acusação, Leniel Borel, pai do menino, que explicou que as contas de WhatsApp são apagadas quando permanecem sem conexão por mais de 120 dias, sendo que as contas apagadas são automaticamente excluídas de grupos.
A juíza confirmou a informação e decidiu que "o fato de ter o réu se retirado dos grupos a que pertencia não configura qualquer anormalidade".
Na decisão, a magistrada manteve o aditamento da denúncia — com inclusão de pedido de indenização ao pai de Henry Borel Medeiros — feito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. O despacho foi publicado nesta quarta-feira.