A operação militar que contou com um desfile de tanques de guerra e lança-mísseis em frente à Esplanada dos Ministérios e do Palácio do Planalto custou R$ 3,7 milhões aos cofres públicos, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo . A informação foi obtida pelo Estadão por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI) e se refere aos gastos da Marinha com a Operação Formosa deste ano.
O treinamento contou, pela primeira vez, com um desfile de blindados no último dia 10 de agosto, mesmo dia em que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do voto impresso foi rejeitado na Câmara dos Deputados .
O evento registrou a presença de aproximadamente 150 veículos militares e, dos R$ 3,7 milhões gastos, R$ 1,78 milhão foi usado para custear as bases, R$ 1,03 milhão para locação de ônibus para transporte, R$ 721 mil para combustíveis, lubrificantes e graxas, R$ 98,7 mil para materiais de saúde, R$ 16,6 mil para suprimentos de fundos e R$ 15 mil para passagens e diárias.
Ao jornal, a Marinha informou que a Operação Formosa é realizada desde 1988 "com o propósito de assegurar o preparo do Corpo de Fuzileiros Navais como força estratégica, de pronto emprego e de caráter anfíbio e expedicionário, conforme previsto na Estratégia Nacional de Defesa".
Pela primeira vez, o Exército e a Aeronáutica também participaram da operação "de modo a incrementar a interoperabilidade das Forças Armadas do País", segundo a Marinha.
O desfile foi amplamente criticado nas redes sociais e pela oposição, que classificou o evento como uma tentativa de ameaçar ou intimidar o parlamento.