Parlamentar brasileiro, Eduardo Bolsonaro, e o estrategista e ex-presidiário norte-americano, Steve Bannon
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Parlamentar brasileiro, Eduardo Bolsonaro, e o estrategista e ex-presidiário norte-americano, Steve Bannon

Polícia Federal identificou ataques de Steve Bannon, principal estrategista do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicanos), às instituições brasileiras e as urnas eletrônicas. O líder norte-americano declarou, inclusive, que "Bolsonaro vai vencer" as eleições do ano que vem, "a menos que seja roubado". As informações são do jornal Estado de S.Paulo.

As informações foram reveladas pelo órgão federal após a divulgação ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que a rede bolsonarista utiliza os mesmos métodos de desinformação que os apoiadores de Trump.

Em um encontro realizado na Dakota do Sul (EUA), n último dia 12, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) acompanhou Bannon em um evento capitaneado pelo empresário Mike Lindell - envolvido internacionalmente em escândalos de propagção de fake news.

O parlamentar brasileiro discursou por 40 minutos e ignorou as seis vitórias de seu pai, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), nas eleições legislativas - todas elas por meio da votação eletrônica. Houve inúmeros ataques ao método de votação brasileiro.

"Onde está o crime de fake news na nossa lei? Não tem. Mas eles usam isso para matar a nossa reputação", opinou Eduardo, seguido de aplausos de Steve Bannon.

Mesmo questionando qual é o crime específico, Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), identificou 11 possíveis crimes cometidos por Jair Bolsonaro em seus consecutivos ataques ao sistema eleitoral. Calúnia, difamação, denunciação caluniosa, incitação ao crime e subversão da ordem publica ou social são alguns dos delitos apontados pelo magistrado.

Bannon, por fim, reforçou que "não é só nos EUA" que há interferência nas eleições. "Esta eleição (de 2022, no Brasil) é a segunda mais importante no mundo e a mais importante da história da América do Sul. Bolsonaro vai vencer, a menos que seja roubado".

Em 2020, Bannon foi prso nos Estados Unidos sob a acusação de desvio de dinheiro público. A prática teria ocorrido durante a construção do 'muro', promessa de campanha do então candidato a presidente Donald Trump, na fronteira norte-americana com o México.


No relatório da Polícia Federal, entregue ao TSE, o órgão explica que a prática de desinformação, replicada de Bannon, "visa, mais do que uma ferramenta de uso político-ideológico, um meio para obtenção de lucro, a partir de sistemas de monetização oferecidos pelas plataformas de redes sociais. Transforma rapidamente ideologia em mercadoria, levando os disseminadores a estimular a polarização e o acirramento do debate para manter o fluxo de dinheiro pelo número de visualizações".

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