A Polícia Federal faz na manhã desta quarta-feira uma operação para desarticular uma organização criminosa responsável por fraudes bilionárias envolvendo criptomoeda. Na ação de hoje, denominada Kryptos, cerca de 120 agentes cumprem sete mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária e 15 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará e no Distrito Federal. Entre os presos está o dono da GAS Consultoria Bitcoin, Glaidson Acácio dos Santos.
De acordo com a investigação, a empresa de Acáciou, com sede na Região dos Lagos/RJ, é responsável pela operacionalização de um sistema de pirâmides financeiras ou “esquemas de ponzi”, calcado na efetiva oferta pública de contrato de investimento, sem prévio registro junto aos órgãos regulatórios, vinculado à especulação no mercado de criptomoedas, com a previsão de insustentável retorno financeiro sobre o valor investido.
Nos últimos seis anos, a movimentação financeira das empresas envolvidas nas fraudes apresentou cifras bilionárias, sendo certo que aproximadamente 50% dessa movimentação ocorreu nos últimos 12 meses, diz a PF.
No domingo, o Fantástico mostrou que a GAS era investigada há dois anos pelo esquema, mas se disfarçava de consultoria em bitcoins, uma moeda digital
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Os mandados foram expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro e decorreram de um esforço conjunto entre a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Receita Federal.
Os investigados poderão responder, na medida das suas responsabilidades, pelos crimes de gestão fraudulenta/temerária instituição financeira clandestina, emissão ilegal de valores mobiliários sem registro prévio*, organização criminosa e lavagem de capitais, e, se condenados, poderão cumprir pena de até 26 anos de reclusão.
O nome da operação, Kryptos, vem do termo grego para designar o ”oculto” ou o ”escondido”.