O pai do menino Henry Borel contou, em entrevista ao podcast 'Desenrola Rio', nesta quinta-feira (19), que a mãe da criança, Monique Medeiros, estava "muito fria" enquanto esperava o laudo e corpo do menino no Instituto Médico Legal (IML). O engehheiro Leniel Borel contou ainda que Monique queria que fechassem o caixão para não ver a criança.
Os laudos da necropsia e da reconstituição do crime apontaram 23 lesões em Henry. "Foi como uma queda do terceiro andar, uma pancada muito forte”, descreveu Leniel, citando o que um perito já havia dito a ele.
Assim que recebeu o laudo confirmado as lesões, Leniel questionou Monique, que preferiu ficar em silêncio e não responder. "Monique, tá vendo aqui? Uma pancada forte, laceração... natural, não é, Monique’. Ela não falou nada", afirmou. E completou: "Achei ela muito fria para um momento de uma mãe que perdeu um filho".
O pai de Henry também lembrou da pressão que sofreu no IML para a liberação do corpo. "Eu era o único querendo saber o que tinha acontecido, e todo mundo me ligando: ‘Acelera! Já acabou?’. E a Monique queria caixão fechado", disse.
O pai do menino afirmou ainda que começou a desconfiar da versão de Jairinho e Monique sobre ter sido um acidente. "Eles falaram que foi o Jairo dirigindo e a Monique no boca a boca. Deveria ter sido o contrário. O Jairo é médico, é formado, tem noção de primeiros socorros. Achei muito estranha essa postura", comentou, ao se referir aos depoimentos do casal sobre como eles levaram o menino ao hospital.
O ex-vereador Dr. Jairinho e a mãe do garoto estão presos preventivamente e são réus pela morte do menino.